por Ruth Bolognese

Termômetro Ducci

Um interlocutor boa cabeça teve uma longa conversa com o prefeito Luciano Ducci de ontem pra hoje. E, como boa cabeça, mediu  a temperatura  do prefeito e seu grupo no tocante as eleições de outubro. Eis um resumo das conclusões: Ducci está confiante e tranqüilo com o próprio potencial. Mas tem consciência que vai enfrentar um candidato forte, Gustavo Fruet, e uma máquina pública poderosa, a Federal. Para o combate, precisa  de um up grade, tipo aquele comercial  da Claúdia Leite, o do “ Extravasa”. E esse up grade atende pelo nome de Ratinho Jr, o deputado federal do PSC.

Os argumentos

Na verdade, os dois grupos mais fortes na disputa pela  prefeitura estão se aproximando daquela fase do “ou dá ou desce” em relação a Ratinho Jr. A vaga de vice é o canto da sereia. Ontem de manhã, o deputado André Vargas, do PT, disse, com aquela sutileza que lhe é peculiar, que uma chapa Fruet/Ratinho Jr seria imbatível em Curitiba. Ou seja, deu um chega pra lá nas intenções dos Veneris e Rosinhas da vida. À tarde o Ratinho pai foi ao palácio Iguaçu debater uma parceria sobre repovoamento dos rios do Paraná com ninguém menos do que o governador Beto Richa. Zero a zero no placar do “com quem eu vou”.

E o PT?

No pau da goiaba, se Ratinho Jr aceitar ser vice de Luciano Ducci, além de levar consigo o tão propalado voto da periferia, complica a vida de Fruet, que carece de vereadores e da máquina da prefeitura para alastrar-se. Mas se optar por Fruet, provoca um abalo no próprio grupo, que vive as contradições petistas. Seria a primeira vez na história que o PT vai para uma campanha eleitoral em Curitiba sem nem um candidato à vice pra chamar de seu. Água fria na militância.

Os bem abençoados

Quem convive com Ratinho Jr garante que ele , por enquanto, está lambendo os milhares de votos potenciais que as pesquisas lhe conferem e  trabalha com afinco para formar um grupo político com força extra para formalizar a candidatura a prefeito. Para convencer Ratinho Jr. a mudar de idéia, o prefeito Luciano Ducci tem dois argumentos. Um a favor: a própria história, que a condição de vice lhe deu a vaga de titular, e a história de Beto Richa, que também fez o mesmo caminho e hoje despacha no Palácio Iguaçu. E outro contra: a história de Algaci Túlio e Carlos Simões, que detinham grande popularidade e se perderam no meio do caminho.

Mas como diria aquele velho  líder: política é como nuvem, vai mudando,mudando…

Palavrão senatorial

O senador Alvaro Dias (PSDB) é um gentleman e se comporta publicamente como tal. Mas quando alguém toca no nome de Mario Celso Petraglia, o presidente do Club Atlético Paranaense perto dele, sai um palavrão que faria corar até a zona portuária em dia de folia.

De volta

A jornalista Fernanda Rocha assume a bancada do SBT Paraná na próxima segunda-feira. É muito bem vinda!