14:14Monitoramento eletrônico em tempo real

Da assessoria de Comunicação do Instituto Curitiba de Informática:

ICI traz o futuro ao transporte coletivo
Quem passa pelo terminal do Cabral depara-se com uma boa novidade, que até o final do ano será comum ao cotidiano do usuário de ônibus de Curitiba. Trata-se do monitoramento eletrônico em tempo real da frota do transporte coletivo, por meio do qual é possível saber se determinado ônibus está atrasado, se trafega em comboio, se desviou de rota e até se sofreu uma pane ou foi assaltado.

Os primeiros testes foram iniciados no começo de fevereiro, em três linhas de uma mesma empresa. Agora serão estendidos a todos os expressos e, gradualmente, por categoria, a toda a frota de 2,4 mil veículos que cobre Curitiba.

Para o usuário do transporte, o principal ganho será saber quando chegará seu ônibus. Monitores serão instalados em terminais e tubos e neles surgirão quadros de horários, informando tempo de atraso – quando houver – e os três próximos horários de chegada.

Já os veículos, todos já dotados de tecnologia 3G (de terceira geração), são equipados com um console e um pequeno monitor, por meio do qual o motorista poderá comunicar-se com o Centro de Controle Operacional (CCO), em fase final de instalação no prédio da Urbs, na Estação Rodoferroviária. Se o carro quebrar ou estiver sendo assaltado, o motorista poderá acionar o botão de pânico, permitindo ao CCO saber sua localização exata e avisar a polícia.

Da mesma forma, operadores da central podem enviar mensagens aos motoristas, alertando, por exemplo, para a existência de congestionamentos, acidentes ou bloqueios ao longo do trajeto e orientando sobre eventuais alterações de rota.

Mobilidade

O monitoramento eletrônico é a parte mais visível de um grande projeto encomendado pela Urbs – a gerenciadora do transporte coletivo – ao Instituto Curitiba de Informática (ICI), ao qual cabe executar a política de tecnologia da informação da Prefeitura da capital paranaense.

O projeto Mobilidade Urbana, que desembocará, até o final do ano, no Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), tem no monitoramento dos ônibus um de seus pilares. “O emprego de tecnologia avançada no transporte coletivo proporcionará impacto relevante e positivo na gestão integrada da cidade”, diz o diretor-presidente do ICI, Renato Rodrigues.

Coube ao ICI mapear a conectividade em toda a cidade; modernizar os servidores e sistemas de processamento de dados responsáveis pela operação e controle dos sistemas embarcados, permitindo monitorá-los remotamente a partir do Data Center; gestão de projeto para alinhar requisitos e necessidades de empresas concessionárias, Urbs e Secretaria de Trânsito; dialogar com os fornecedores; levantar todas as necessidades do usuário do transporte coletivo.

“Trabalhamos minuciosamente para modernizar um sistema que funcionava sem evolução havia mais de dez anos”, explica Renato Rodrigues. “Agora, recupera-se a capacidade de gestão por meio do uso de tecnologias embarcadas diferenciadas.”

Antes de tudo, lembra o presidente do ICI, coube ao Instituto fazer a prospecção de tecnologias mais adequadas à população curitibana e às exigências trazidas pela licitação do transporte coletivo, em 2010.

Quando tudo estiver funcionando, um operador da Área de Fiscalização do Transporte Coletivo, trabalhando no CCO, terá como saber, naquele exato momento, onde está cada um dos 2,4 mil ônibus (sempre há 1.915 rodando) da frota da Rede Integrada de Transporte.

Mais do que isso, saberá se o ônibus está atrasado, adiantado, parado fora do ponto, em quanto tempo deverá chegar a qualquer um dos seus pontos de parada e se o motorista está precisando de ajuda ou informação.

Centrais

Além do Centro de Controle Operacional (CCO) na Urbs, o monitoramento será feito em tempo real também pelas próprias empresas operadoras. Na empresa Glória, onde foram iniciados os primeiros testes, há dois meses, um computador e duas telas de LCD 42 polegadas permitem ter as mesmas informações acessadas na Urbs.

Os ônibus podem ser localizados individualmente – quando, por exemplo, é preciso fazer contato ou atestar recebimento de mensagem de um veículo específico – e também podem ser acompanhados num mapa das vias da cidade. Assim, é possível saber, por exemplo, a frequência entre um ônibus e outro, verificar se há risco de formação de comboio – quando vários passam ao mesmo tempo – ou mesmo apontar em quais locais da cidade está passando um ônibus naquele momento.

O monitoramento on-line vai facilitar o planejamento e a logística de distribuição de um sistema que cobre 500 mil quilômetros por dia (mais de dez vezes a volta à terra) e faz 21 mil viagens diárias, transportando, no total, aproximadamente 2,3 milhões de passageiros por dia.

Com os ônibus integrados a mais esta etapa da bilhetagem eletrônica, o transporte terá ainda mais novidades. Segundo a Urbs, vêm aí as câmeras de monitoramento, que permitirão o acompanhamento permanente do que acontece dentro dos ônibus – mais uma ferramenta de segurança para usuários e operadores.

As centrais de monitoramento das câmeras, que serão instaladas nos terminais, estarão integradas ao CCO, permitindo o acionamento imediato da polícia e socorro médico em casos de vandalismo, assalto ou acidente.

Para se ter uma ideia do custo do vandalismo no transporte coletivo, vale citar que, atualmente, em torno de 11 mil vidros das 35 mil janelas dos ônibus que compõem a frota estão riscados e sua troca representaria um custo aproximado de R$ 2,5 milhões.

Por mês, a Urbs troca em média 70 vidros de estações-tubo e pelo menos 30 elevadores – na média um por dia – são consertados a cada mês. Por ser um equipamento com peças feitas sob medida, o conserto pode demorar alguns dias causando, além do prejuízo, transtornos a quem precisa de um elevador.

SIM – O Sistema Integrado de Mobilidade, em implantação pela Urbs, é como um grande guarda-chuva que abriga uma série de projetos voltados à melhoria da mobilidade em Curitiba.

Além da Bilhetagem Eletrônica, que inclui o monitoramento dos ônibus e a informação ao usuário, o SIM inclui o monitoramento das principais vias da cidade com câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV), semáforos adaptativos (que programam automaticamente o tempo de aberto e fechado – verde e vermelho –, de acordo com o volume de tráfego no cruzamento) e painéis de mensagens variadas que vão orientar o motorista sobre as condições das ruas à frente, avisando, por exemplo, em casos de congestionamento e oferecendo caminhos alternativos.

Também faz parte do SIM um sistema, já implantado, que garante prioridade aos ônibus nos cruzamentos das canaletas, com a implantação de tags que acionam o semáforo para abertura ou redução do tempo fechado, com total segurança para motoristas e pedestres.

Fonte: ICI e Urbs

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5 ideias sobre “Monitoramento eletrônico em tempo real

  1. jeremias, o bom

    Isso que o ICI (essa sigla cheira mal, né?) chama de “futuro”, já é “passado” em muitas capitais mundiais. É conversinha fiada para consumo interno.

    Não vou nem perder tempo citando cidades europeias ou norte americanas.

    Vou citar um caso prosaico. Em Santos-SP, cidade bem menor que Curitiba, o sistema de ônibus é tão ruinzinho que o próprio motorista faz o papel de cobrador. Os ônibus são umas carroças. Mas há alguns anos exibe-se nos pontos de ônibus um luminoso informando quantos minutos restam para a chegada respectivo buzum.

    Aqui ainda não inventaram nem uma tabuleta com os horários especificados. Aliás, aqui os ônibus sequer cumprem horário.

  2. jeremias, o bom

    Aliás, o último parágrafo da nota do ICI e Urbs são desmentidas por um post anterior que cita o (raro) passeio de expresso feito pelo Sr. Jaime Lerner.

    Nessa eu acho que Lerner falou a verdade e o ICI está de lero-lero.
    Ou é o inverso?

  3. A Verdade

    não quero tecnologia!!! quero MAIS ônibus, passagem mais BARATA, MENOS carros nas ruas, motoristas mais EDUCADOS, terminais CONFORTÁVEIS!!!
    enquanto o poder público continuar olhando o transporte coletivo como um negócio, e não como DIREITO (constitucional até) do cidadão curitibano, qualquer badulaque tecnológico não terá valor algum!!!
    o transporte de curitiba É UM LIXO!!!!

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