No show rural que acontece no Oeste um cabôco de palitinho saindo no canto da boca fez piada de humor negro ao perguntar se não iam prestar homenagem a um conhecido da região, rico e poderoso que se foi recentemente. Sugeriu que se juntasse as autoridades presentes para a derrubada de uma árvore bem escolhida e que a “cerimônia” fosse acompanhada por uma sinfonia de motosserras.
O caboclo do palitinho no canto da boca verbalizou o pensamento de centenas de pessoas, eu no meio.
Esse negócio do cara virar santo, minuto após a morte, é hipocrisia.
No meu velório, se alguém dentre os presentes, inventar de me elogiar, levanto e desminto.
No mínimo, mexo o dedo indicador direito fazendo movimento de limpador de pára-brisa, como que negando tudo.
O cidadão referido era bem um aficcionado pela marca Stihll, terror das matas ciliares, dos topos e sopés de morro, a tal desbravadora de novas fronteiras, na verdade, uma plantadeira de futuros desertos.
Tô contigo e com o caboclo do palitinho , Parreiras.