A praga do crack foi engolida pelo blablablá da marquetagem. Do protesto das pedras nos jardins de Brasília à doação do terreno para a construção da sede do Instituto Lula em São Paulo. O show não pode parar. Enquanto isso, as crianças morrem feito moscas e não se enxerga no horizonte um sinal de seriedade para se tentar enfrentar o problema que é antigo e se alastra feito onda de tsunami ao invadir o continente. Se fosse perguntar na matriz, os Estados Unidos, o que foi feito para se estancar a onda na década de 80, seria um bom começo.
Zé, dos meus cinco filhos, quatro foram assaltados, dois deles nos últimos dez dias. Entraram na casa do mais velho em cinco (quatro caras e uma guria) e levaram tudo que puderam.
E em todos os casos, eu disse TODOS, eram assaltantes amadores viviados em crack. Um deles, assaltou meu filho na saída do Müller pedindo desculpas o tempo todo…
Se nenhum sangue rolou, foi graças à calma que meus filhos mantiveram e, principalmente, ao anjo da guarda (o único guarda que dá pra contar nessas horas).
Mas imagine o que pode acontecer (e acontece) por aí todos os dias, pois nestas situações (e devem ser centenas, milhares por dia) basta uma fagulha pra virar loucura total…