por Célio Heitor Guimarães
Houve um tempo em que ministros (e secretários) de Estado eram escolhidos pela competência, pelo domínio da matéria afeta ao ministério (ou à secretaria estadual) e pelos bons serviços já prestados à Nação. Gente que fazia história e gravava o nome nela. Hoje, como se sabe, é tudo muito diferente. Às favas a aptidão e a idoneidade. O governante eleito é obrigado a fazer a distribuição dos cargos de acordo com os acertos políticos pré-eleitorais, de olho na manutenção da chamada base-aliada, em retribuição à ajuda recebida para a campanha e/ou para acomodar companheiros derrotados. Pouco importa as
qualidades pessoais dos escolhidos e o que eles poderão fazer em benefício da coletividade.
Prova disso está todos os dias nos jornais. Na formação do seu governo, a companheira Dilma conseguiu juntar, com a inestimável ajuda do ex Lula, o pior ministério da história da República brasileira. Como diria o próprio Luiz Inácio, nunca antes na história deste país se viu coisa tão ruim. Cuidaram de acomodar os interesses, entre os quais só não se incluiu o interesse público, e deu no que deu e ainda vai dar.
Agora, no início do segundo ano de seu mandato, a “presidenta” pretendia fazer uma completa reforma na Esplanada dos Ministérios. Imaginou trocar titulares e até um enxugamento da máquina, com a extinção e/ou fusão de pastas. Mas logo percebeu que isso é muita areia para o caminhãozinho dela.
Alguns nomes serão mudados, mas a coisa precisa continuar como está. Cada partido conservará o seu feudo, mantendo os seus afiliados no banquete nacional. Caso contrário, retirará o apoio à “presidenta”, justo agora quando os efeitos da crise internacional ameaçam chegar às águas brasileiras. Grandes
partidos, comandados por grandes brasileiros, sempre preocupados com o bem-estar do Brasil! E a “presidenta” Dilma acabou refém deles. José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Collor de Mello, José Dirceu, Roberto Jefferson, Carlos Lupi, entre outros notáveis e “aloprados”, estão aí para
cmprovar.
Ainda assim, ela tem as manhas dela e, quando pode, escapa do cerco partidário e surpreende a platéia. Foi o que acaba de fazer na primeira substituição da temporada. Transferiu o ministro Mercadante para a Educação e colocou um técnico no lugar dele, driblando a bruta pressão do PT, de olho fixo na Ciência e Tecnologia. Ponto para ela e uma pequena esperança para os brasileiros. Dá-lhes, Dilma!
E O NOSSO “COLLOR DAS ARAUCÁRIAS” ? QUANDO VAI RESOLVER FAZER ALGUMA COISA PARA COMEÇAR A GOVERNAR? OU O FACEBOOK É TUDO?
Essa é a diferença entre a saudosa tecnocracia que era um sistema político e social em que predominava a influência dos técnicos, e agora, na atualidade vivemos uma “pseudo democracia”, na qual um grupo político que para se manter no poder, utiliza inescruplosamente a máquina administrativa cooptando políticos à aprovar a seu favor o que bem entende.
Infelizmente o que interessa aos brasileiros acomodados é o BBB, as telenovelas, o futebol, o carnaval, a cerveja e as paradas GLS.
Mexam-se !!!
Estimado Amigo Célio.
Parabens, por uma crônica que mostra a realidade do governo federal atual e do anterior.
É uma pena que a imprensa local não tenha pessoas com a coragem de escrever como o amigo.
Um abraço Antonio Loyola
Tenho uma dúvida e gostaria de saber se o articulista também é vereador?
Resposta ao Mikhail: Não. Aquele é um meu genérico, q
Completando a resposta: … que nem se chama Célio nem é Guimarães. Parece, até, que é um bom menino, mas deveria assumir a sua própria personalidade e fazer a sua própria história.