16:51As cracolândias de Curitiba

Em Curitiba ainda não existe cracolândias na mesma dimensão das de São Paulo. Os traficantes aqui, principalmente os das favelas, confinam seus “clientes” em barracos onde não há como ficar devendo o “patrão”. Ali, quando acaba do dinheiro ou as mercadorias que roubam das próprias casas, os viciados se prestam a “serviços” em troca da droga. Há os que viram pequenos “aviões”, ou sejam, vendedores pagos com pedras, e outros que, no outro extremo, aceitam assassinar devedores e, às vezes, a família toda. O surgimento das chacinas semanais de uns anos para cá na cidade são o resultado disso. É a realidade. “Se o patrão me mandasse matar em troca de algumas pedras, eu faria isso”, confessou ao signatário um dependente que tentava controlar o vício no quarto internamento. Era funcionário de uma grande empresa, pai de família dedicado, gente fina, até se afundar no crack. É o horror.

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5 ideias sobre “As cracolândias de Curitiba

  1. Parreiras Rodrigues

    Continuo insistindo na minha cruzada inglória para querer saber a real causa da fragilidade da contenção do narcotráfico nas nossas fronteiras.

    Criar clínicas para tratamento dos nossos viciados é uma medida correta, mas a resolutiva mesmo seria policiar águas, terra e ar das divisas com os países vendedores das mercadorias.

    Ou existem interesses para deixar a coisa assim, do jeito que El Diablo gosta.

  2. Zangado

    O traficante do crack, bem como, seu financiador ou fornecedor (nem sempre “lembrados”) são criminais diferenciados. Por que ? Porque sabem que tem na mão produto que acarreta fulminante dependência, portanto, mercado certo e crescente, pois, a recuperação é mínima.

    O crack – só as autoridades e especialistas não querem ver – é droga de degradação humana e desagragação familiar e social. De onde provem, quem produz, quem trafica, quem financia, quem é conivente com esse estado de coisas ?

    Não se vê nenhuma abordagem desses temas, nem pelas autoridades nem pela mídia em geral. Como se a droga aparecesse do nada e fosse traficada por fantasmas, deixando um enxame de zumbis pelas cidades. E já não existe municipalidade no país que não esteja contaminada.

    Então, com sistema repressivo defasado e cheio de defeitos em vigor, impunidade vexaminosa, como esperar alguma mudança da situação ? Ilusão pensar que dar tratamento a esses desfavorecidos de toda sorte possa ser um passo significativo, dada a especificidade da droga – ressalte-se.

    E mais: com eleições A CADA DOIS ANOS como esperar governança pública sobre os graves problemas urbanos e nacionais, se toda a politicagem só está pensando em como continuar com os cargos e mandatos públicos ?

    Vamos parar de nos iludirmos ?

  3. tony

    Eu não conheco ninguém que foi obrigado a se viciar. O cara entra nesta porque quer. E depois fica chorando miséria. ACarlos

  4. carlos

    Rapaz se vc sabe dessas informações todas(onde ta o trafico quem são, e por ai a fora) já que este e um site de informação e vc como jornalista tem a obrigação da verdade,,,, então passa isso tudo para as pessoas competentes nessa questão(policias) e salvaras muitas vidas seu Zé

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