Em Curitiba ainda não existe cracolândias na mesma dimensão das de São Paulo. Os traficantes aqui, principalmente os das favelas, confinam seus “clientes” em barracos onde não há como ficar devendo o “patrão”. Ali, quando acaba do dinheiro ou as mercadorias que roubam das próprias casas, os viciados se prestam a “serviços” em troca da droga. Há os que viram pequenos “aviões”, ou sejam, vendedores pagos com pedras, e outros que, no outro extremo, aceitam assassinar devedores e, às vezes, a família toda. O surgimento das chacinas semanais de uns anos para cá na cidade são o resultado disso. É a realidade. “Se o patrão me mandasse matar em troca de algumas pedras, eu faria isso”, confessou ao signatário um dependente que tentava controlar o vício no quarto internamento. Era funcionário de uma grande empresa, pai de família dedicado, gente fina, até se afundar no crack. É o horror.
Continuo insistindo na minha cruzada inglória para querer saber a real causa da fragilidade da contenção do narcotráfico nas nossas fronteiras.
Criar clínicas para tratamento dos nossos viciados é uma medida correta, mas a resolutiva mesmo seria policiar águas, terra e ar das divisas com os países vendedores das mercadorias.
Ou existem interesses para deixar a coisa assim, do jeito que El Diablo gosta.
O traficante do crack, bem como, seu financiador ou fornecedor (nem sempre “lembrados”) são criminais diferenciados. Por que ? Porque sabem que tem na mão produto que acarreta fulminante dependência, portanto, mercado certo e crescente, pois, a recuperação é mínima.
O crack – só as autoridades e especialistas não querem ver – é droga de degradação humana e desagragação familiar e social. De onde provem, quem produz, quem trafica, quem financia, quem é conivente com esse estado de coisas ?
Não se vê nenhuma abordagem desses temas, nem pelas autoridades nem pela mídia em geral. Como se a droga aparecesse do nada e fosse traficada por fantasmas, deixando um enxame de zumbis pelas cidades. E já não existe municipalidade no país que não esteja contaminada.
Então, com sistema repressivo defasado e cheio de defeitos em vigor, impunidade vexaminosa, como esperar alguma mudança da situação ? Ilusão pensar que dar tratamento a esses desfavorecidos de toda sorte possa ser um passo significativo, dada a especificidade da droga – ressalte-se.
E mais: com eleições A CADA DOIS ANOS como esperar governança pública sobre os graves problemas urbanos e nacionais, se toda a politicagem só está pensando em como continuar com os cargos e mandatos públicos ?
Vamos parar de nos iludirmos ?
Eu não conheco ninguém que foi obrigado a se viciar. O cara entra nesta porque quer. E depois fica chorando miséria. ACarlos
Rapaz se vc sabe dessas informações todas(onde ta o trafico quem são, e por ai a fora) já que este e um site de informação e vc como jornalista tem a obrigação da verdade,,,, então passa isso tudo para as pessoas competentes nessa questão(policias) e salvaras muitas vidas seu Zé
discordo, tony. mas entendo sua opinião. abraço. saúde.