12:17O advogado, a mulher do juiz e o Idiota

Hoje, na Folha de São Paulo, Elio Gaspari publica três notas sobre a Justiça. Na maior delas, lembra que seria bom ao Supremo Tribunal Federal ter ministros oriundos da advocacia militante, “daqueles que tratam bem a secretária do cartório porque um dia poderão precisar dela”. Neste ano abrem-se duas vagas no STF e a maioria  que está lá é originária da magistratura e da advocacia  do Estado. “O magistrado pode achar que é Deus. O procurador acha que advoga em nome do Padre Eterno. Já o advogado militante rala e, às vezes, é confundido com o demônio”, informa o texto que coloca o paranense Luiz Fachin com um dos três grandes nomes a serem olhados pela presidente Dilma Rousseff para dar um pouco de equilíbrio à mais alta Corte de Justiça do país. O jornalista também revela que nas cortes americanas não só os juízes são obrigados a informar suas fontes de renda, como também devem mostrar o que suas mulheres ganharam. E, para fechar, cita o caso do desembargador Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, que defendeu o direito de férias de 60 dias para os magistrados porque elas preservam a “sanidade mental do juiz”. Eremildo, o Idiota, personagem criado pelo jornalista, entrou em campo e esculachou: “Eremildo lê o que pode sobre cretinismo e sabe que uma corrente de psiquiatras associa a idiotice à insanidade mental. Ele que acha que, com a ajuda do doutor Sartori e férias de dois meses, deixará de ser idiota”.

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2 ideias sobre “O advogado, a mulher do juiz e o Idiota

  1. Zangado

    Repetindo:

    Na origem da profissão jurídica está um defeito fundamental: a não exigência de, pelo menos, dez anos de militância na advocacia, para habilitação em QUALQUER concurso público seja para magistrado, advogado público ou ministério público.

    A qualidade e a percepção da atividade teria outros contornos que não a de status, maiores salários da nação e aposentadorias integrais, além de outras benesses.

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