15:38Secretário pede transferência dos policiais do Tigre presos em Porto Alegre

Do jornal Zero Hora, em reportagem de José Luís Costa:

Secretário de Segurança do Paraná pede transferência de policiais civis para Curitiba
Policiais civis paranaenses envolvidos em morte de sargento no RS estão presos na Capital

 O secretário de Segurança do Paraná, Reinaldo de Almeida Cesar, encaminhou nesta quarta-feira um ofício para Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul solicitando que os policiais civis envolvidos na morte de um sargento em Gravataí sejam levados para Curitiba. Desde a noite de segunda, três policiais paranaenses estão presos no Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil gaúcha, localizado na Avenida Ipiranga.

O governo do Paraná garante o traslado e a custódia dos policiais para que cumpram pena no Estado vizinho. Além disso, afirma que os policiais estarão à disposição da Justiça gaúcha para retorno ao RS quando necessário, para que seja realizada a reconstituição do crime.

O delegado Paulo Rogério Grillo, da Corregedoria da Polícia gaúcha, levará o pedido do governo paranaense para a juíza Eda Salete Zanatta, da 1ª Vara Criminal de Gravataí, que decretou a prisão dos policiais na Capital.

— Como eles já prestaram depoimentos na Corregedoria, não vejo prejuízos para investigação com a transferência deles — disse o delegado Grillo, que aguarda o resultado da perícia para marcar a reconstituição da morte do PM.

Nesta terça-feira, um agente com 11 anos de atuação na Polícia Civil do Paraná admitiu ter disparado contra o sargento Ariel da Silva, 40 anos, morto na semana passada durante uma confusão em Gravataí, na Região Metropolitana. No entanto, ele alegou legítima defesa.

Na versão do policial, identificado apenas como Alex pelo delegado Paulo Rogério Grillo, responsável por investigar o caso, o militar gaúcho abordou a viatura discreta com os três agentes do Paraná sem se identificar e ambos trocaram tiros ao mesmo tempo. Os paranaenses dispararam com uma submetralhadora, atingindo o sargento da PM, que antes de morrer disparou quatro vezes com sua pistola.

No depoimento, os policiais do Paraná afirmaram que não desconfiavam que estavam sendo seguidos por um colega — imaginaram que se tratava de um delinquente. Os três alegaram que, em nenhum momento, o sargento se identificou como policial. Os paranaenses tampouco revelaram serem da polícia.

— Não houve tempo. As armas foram apontadas e começaram os disparados — declarou o agente que usou a metralhadora, em depoimento na corregedoria.

A morte do sargento ocorreu na semana passada, em Gravataí, quando os paranaenses estavam no Rio Grande do Sul em uma operação não comunicada aos gaúchos. Eles investigavam o sequestro de dois agricultores do Paraná. O desfecho do crime terminou com um dos reféns mortos.

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