por Ademar Traiano
Na última segunda-feira, a Assembleia Legislativa do Paraná viveu cenas de intolerância e violência lamentáveis. Foi o dia da votação de uma mensagem do governo para regulamentar as Organizações Sociais (OSs), entidades que serão contratadas pelo Estado para realizar alguns serviços.
As OSs são um mecanismo regulamentado em quase todos os Estados brasileiros. A bancada do PT, com evidentes objetivos políticos, resolveu transformar essa votação numa guerra entre o bem e o mal, como se a regulamentação das OSs fosse uma ameaça de privatização das empresas públicas do Paraná e não apenas a formalização de mais um instrumento de gestão.
O argumento da oposição sobre a ameaça de privatização é falso e cínico, porque as Organizações Sociais são usadas em Estados administrados pelo PT, como Rio Grande do Sul e Bahia sem que ameacem qualquer empresa pública. As OSs têm o apoio da presidente Dilma Rousseff (que acaba de entregar um hospital federal – o Hospital de Ipanema – para ser administrado por uma delas) e do ex-presidente Lula. O PT, aliás, vem promovendo privatizações no Brasil todo, inclusive de portos e aeroportos.
No último dia 5, para tentar impedir a votação das OSs foi mobilizada uma tropa de sindicalistas e militantes profissionais ruidosos e agressivos. Esse pessoal ocupou as galerias da Assembleia e impediu, com vaias, gritos e xingamentos que os deputados favoráveis as Organizações Sociais fizessem uso da palavra.
Quando o presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni, colocou a matéria em votação os manifestantes invadiram o plenário, rasgaram documentos que estavam nas mesas, arremessaram papéis no rosto de deputados e tentaram intimida-los com ameaças e empurrões.
Diante dessa selvageria – que foi registrada por toda a imprensa do Paraná – a Mesa da Assembleia se manteve serena. Com habilidade, o presidente da Casa conseguiu conduzir o processo sem precisar desocupar a Assembleia usando a força policial nem fornecer aos manifestantes uma vítima pela qual eles tanto pareciam ansiar.
A votação da matéria resultou em 46 votos favoráveis as Organizações Sociais e apenas 6 contra. Um resultado que explica o porquê da opção da oposição pelo recurso do uso da truculência. Sem voto e sem argumentos convincentes, a oposição resolveu lançar mão da arruaça e da intimidação.
Apesar de todas as evidências, tentou-se ainda vender a ideia que toda essa selvageria seria um movimento espontâneo da sociedade. E que, violenta e antidemocrática, seria a Mesa da Assembleia que, no dia seguinte, quando foi realizada a terceira votação da matéria, limitou que os mesmíssimos baderneiros tivessem acesso às galerias da Assembleia para repetir seu show de intolerância e arruaça. O Paraná saberá avaliar de que lado estava à razão em todo esse episódio lamentável.
*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo na Assembleia Legislativa.
É isso aí. O PT é um partido que não conhece a democracia. Se não conseguem vencer no voto querem vencer no braço, no terrorismo, na selvageria.
vi as imagens da arruaça na assembléia e fiquei estarrecido. se depender do PT nossos deputados não poderão mais tomar decisões e votar segundo suas convicções. terão de se dobrar as pressoes dos baderneiros. é o fim da picada.
Coitadinhos dos deputados!!
O PT paranaense é irracional, burro, marginal, incoerente, baderneiro, e faz de conta que não tem nada a ver com os outros PT’s do Brasil.
Enquanto as bancadas estaduais e municipais do PT forem compostas por estes seres desqualificados de qualquer senso de civilidade, o Paraná continuará tendo sérios problemas de representatividade.
Acorda povo e tirem esta corja da política antes que seja tarde.
Um detalhe: os deputados NUNCA votaram de acordo com suas convicções, e sim, de acordo com o que o Beto Bicha queria!!!
E, até onde eu sei, a Assembleia É A CASA DO POVO!!! Então, por que o povo não pode ocupar um lugar que é seu DE DIREITO??? Isso, sim, É DEMOCRACIA!!!
Um partido que usa a violência e a mentira de forma sistmática, como faz o PT, não deve ser levado a sério, mas sim desmascarado perante a opinião pública.
” A força era, com efeito, a ultima ratio. Um pouco estupidamente tem se entendido com ironia esta expressão, que declara muito bem o prévio rendimento da força às normas racionais. A civilização não é outra coisa senão o ensaio de reduzir a força a ultima ratio. Agora começamos a ver isto com bastante clareza, porque a “ação direta” consiste em inverter a ordem e proclamar a violência como prima ratio; a rigor, como única razão é ela a norma que propõe a anulação de toda norma, que suprime tudo que medeia entre nosso propósito e sua imposição. É a Charta magna da barbárie.
Convém recordar que em todos os tempos, quando a massa por um ou outro motivo, atuou na vida pública, o fez em forma de “ação direta”. Foi, pois, sempre o modo de operar natural às massas. E corrobora energicamente a tese deste ensaio o fato patente de que agora, quando a intervenção direta das massas na vida pública passou de casual e infreqüente a ser o normal, apareça a “ação direta” oficialmente como norma reconhecida.”
Ortega y gasset
Para o A VERDADE:
A minha casa, também é do povo.
Entram nela todos os meus amigos, conhecidos, o entregador de água, o eletricista, o encanador, o esmoler.
Mas, todos, todos, pedem licença, e aguardam o meu “sente-se, por favor!”.
Isso é Educação!
Ninguém critica a presença de ninguém na Casa do Povo.
Mas, que se resguardem principalmente os preceitos civilizatórios que deveriam ser aprendidos em casa, na escola…