Do correspondente no Planalto Central:
A ministra Gleisi Hoffmann prometeu ao governador Beto Richa,nesse último encontro em Brasília, que vai se empenhar para aprovar a instalação do TRF – Tribunal Regional Federal – no Paraná. Se ela conseguir isso, merece uma estátua na praça Tiradentes.
A luta pelo TRF-PR tem bem uns 200 anos ( é mais velha do que o Movimento Pró Paraná) e foi aprovada pelo Senado Federal em 2002. Quem entende do tema jura de pé junto que é tudo uma questão de poder político, do qual os gaúchos não abrem mão.
Poder político e econômico: tramitam no TRF de Porto Alegre mais de 60 mil ações paranaenses e os gaúchos já reivindicam a abertura de vagas para mais 20 desembargadores para atender a demanda do Paraná e de Santa Catarina.
A tal da PEC dos TRFs foi aprovada em 2002, no Senado, num grande esforço do senador Osmar Dias, com o apoio das bancadas do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, que também foram contemplados com a instalação do citado tribunal. Na Camara a matéria jamais foi colocada em discussão, dando validade ao argumento da pressão política da bancada gaúcha para evitar esse importante fraccionamento. A pressão é válida, mas o comportamento da Camara é mediocre, ainda mais agora com as declarações do deputado Marco Maia passando a responsa para o Executivo. Com três ministros paranaenses, as lideranças daqui deveriam “acampar” em Brasília e só voltar à província após a aprovação da medida. Mas, que gaúcho, ronca o papo, não há a menor dúvida!
Os gauchos podem reclamar à vontade.
Para o azar deles, outro estado extremamente interessado na aprovação dessa emenda é o de MINAS GERAIS.
Entendo que os mineiros ainda tem mais prestígio em Brasília do que a “turma as bombachas”.