A nota da bancada dos deputados do PT na Assembleia Legislativa do Paraná explicou direitinho o posicionamento sobre a questão das OSs, só não informou se eles concordam com a invasão do plenário do local onde trabalham e se esse tipo de atitude é uma legítima demonstração democrática.
Baderna na Casa do Povo
Uma vergonha o desfecho da invasão da Assembléia Legislativa do Paraná. Aquela Casa do Povo merece o respeito do cidadão comum, mas também das instituições, quer seja de sindicatos, associações e de entidades estudantis.
O que aconteceu lá ontem, foi baralho marcado. Foi um desrespeito ao Parlamento e aos senhores deputados. Independente da qualidade de alguns deputados. Mas, a instituição Assembléia Legislativa está acima das picuinhas políticas.
Vale salientar, que os tais ‘estudantes’ que lá estavam se propuseram a fazer baderna, serviram de massa de manobra de políticos arruaceiros, que gostam de ver o circo pegar fogo, e nem sempre estão dispostos a usar o verbo para debater idéias e/ou projetos. Preferem levar no grito. Ou na baderna.
Onde já se viu, aquela juventude endoidecida invadir o plenário, roubar documentos de cima da mesa e rasga-los como se ali estivessem falando em nome da sociedade?
Não. Não estavam falando em nome da sociedade, mas sim, em nome de grupelhos que se arvoram em detentores do poder e acham que podem tudo.
Se a tal assessora do deputado Lemos estava na linha de frente da tal invasão, demonstra que aquela encenação era de paus mandados. Portanto, sem mérito e não merece o respeito da sociedade paranaense.
E mais: Se o deputado Tadeu Veneri pagou alimentação para manifestantes é outra demonstração de que a verdadeira sociedade paranaense está sendo usada e usurpada em seus direitos. Pois, obviamente, o tal deputado não está pagando do próprio bolso.
E sim, com dinheiro que recebe da Assembléia para despesas e manutenção de gabinete. E não para insuflar invasões, destruir documentos, entre outros.
Vale a pergunta: onde está a ética desses senhores? Onde está o decoro parlamentar? Será que os tais precisam passar por um curso de reciclagem para chegarem a estatura de um – quem sabe – bom político?
E essa chamada juventude estudantil, quando é que vai deixar de ser massa de manobra de políticos? Aí já é pedir demais. Afinal, a entidade principal dos estudantes leva, a cada ano, em torno de R$ 40 milhões do governo federal.
Para quê tanto dinheiro? E ao receber essa montanha de dinheiro, onde fica a chamada isenção?
Ou esse dinheiro faz parte do ‘serviço’ que vimos ontem na Assembléia paranaense?
Cajucy Cajuman