14:53Fala, mestre Sicupira!

 Da enviada especial:

Ídolo eterno e maior artilheiro da história do Atlético, Sicupira encantou quem foi ouvir suas histórias ontem, no estádio Joaquim Américo, no Ciclo de História Atleticana. As melhores: 
 
– O Atlético sai dessa, é só jogar como na última partida. E se cair, é aprendizado. Times grandes caem.

– Muitos foram erros em 2011: inadmissível a troca de técnicos (6).  Imperdoável o que aconteceu com Geninho. Isso não se faz com um amigo. E ele era um grande amigo do Atlético.

– Apostar sempre na base. Aliás, gostaria de ter trabalhado na base do Atlético, quando parei de jogar.

– Quem me dera ter jogado como o Paulo Baier joga! É o melhor batedor de falta do Brasil. E o Atlético não deve perdê-lo quando parar de jogar – e sim mantê-lo trabalhando no clube.

– Meu filho não deu pra nada. Na primeira bola que passei  a ele, deu um bituca tão grande, que desisti da bola e comprei uma enciclopédia Barsa pra ele.

– Meu pai foi muito importante pois sempre me apoiou e cuidou dos contratos com os clubes. Cláusula inegociável: facilidade para estudar. Assim cursei o primeiro ano de educação física no Rio de Janeiro, quando fui jogar no Botafogo, e depois me formei aqui.

– Mala branca? Aceito.  Para o time perder, jamais.

– Da minha carreira como jogador, o que ficou foi o Atlético, a instituição, e não os cartolas.

– Tudo que vocês ouviram e leram sobre o Garrincha é verdade.

– Dos tempos difíceis na Baixada, lembro que, quando o meião rasgava, a gente remendava com esparadrapo para entrar em campo.

– Cheguei ao Botafogo com 19 anos, pra fazer teste. Sentei num banquinho, de roupa ainda, e fiqauei encolhido. Passaram na minha frente Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zangalo. Pensei: “Eu vou por uniforme? Tá louco!”. Acabei fazendo o teste, fiz gol na estréia e até substituí o Mané.

– Juiz roubar para o adversário é coisa antiga no Atlético, não é de hoje. Principalmente em Atletiba, com juízes paranaenses. A coisa era tão explícita e escrachada que, num jogo, bola com o Coxa, fui atrás do cara e ouvi o juiz dizer para o boleiro: “Passa a bola lá pro Kruger, lá na direita”.

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7 ideias sobre “Fala, mestre Sicupira!

  1. sb

    Além de carregar a história do Atlético, Sicupira é um cara muito boa praça. Tive o prazer de conviver com a figura por pouco tempo, mas além dos ensinamentos e menhas sobre futebol, também aprendi que avida as vezes rserva uns segredos. Ele sabe quais são.

  2. Zangado

    Lembro do Sicupira desde quando jogava no time de um grêmio de amigos (cujo nome não lembro agora) em partidas contra o time do Colégio Santa Maria … nos domingos pela manhã, depois da missa … e ali já se via um craque em campo … bons tempos aqueles …

  3. Jose maria correia

    Sicupira alem de craque no futebol é craque na arte da vida e só honrou todas as atividades que exerceu , fosse nos Estados Unidos no Japão ou na Europa teria ficado muito rico com os direitos da imagem , aqui no provinciano Paraná ,em termos de valorizar celebridades ,ficou mais rico ainda ,porém somente de amigos , o que aliás não é pouca coisa não . Longa vida ao ídolo de tardes fantásticas na velha Baixada !

  4. Carlito K

    Sicupira sempre foi nota 10, como jogador e como pessoa. Continua sendo, mas não precisa chorar as pitangas, o Atlético é bem grandinho, não cola bem essa lenga-lenga de que é prejudicado pelos juízes.

  5. Rock

    Sicu era fera, honrava a camisa do Furacão, os coxas se borravam todos quando tinham que enfrenta-lo

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