16:11DCE Uniandrade pede ao CNJ que investigue juízes por “conduta ilícita”

Mensagem enviada por Ítalo Corsini, presidente interino do DCE/Uniandrade:

DCE – UNIANDRADE ENTRARÁ COM PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO NO CNJ E EM OUTROS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA

Indignados com o fato de o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná manter seu posicionamento no processo que envolve a reintegração de posse do prédio Amélia Augusta, o Diretório Central de Estudantes da Uniandrade (DCE), declarou nesta quarta-feira (23) que entrará nos próximos dias com pedido de investigação no Conselho Nacional de Justiça contra dois desembargadores: o juiz substituto 2º grau Fabian Schweitzer e desembargador Lauri Caetano da Silva – presidente da 17ª Câmara do TJ/PR -, por suspeita de conduta ilícita.

O DCE alega que o Poder Judiciário do Paraná cometeu erros grosseiros na reintegração de posse, aceitando argumentos enganosos da empresa Rodobens, tais como:

1.       Que o prédio teria sido construído em 2005, com recursos oriundos do contrato em questão. Neste caso, os desembargadores tinham o conhecimento, por provas apresentadas nos autos, que o prédio foi inaugurado em 2002, e que jamais poderia ter sido construído com recursos da Rodobens. Porém desconsideraram este fato;

2.       Utilizaram um “croqui” produzido pelo IPUCC, para demonstrar a área em questão. No entanto, o próprio Instituto declarou que o tal “croqui” é de caráter “meramente ilustrativo”, e que não pode ser utilizado em substituição a um levantamento topográfico, uma vez que o mesmo não possui especificação técnica. Mais uma vez o descaso dos desembargadores;

3.       Que, de acordo com o “croqui”, uma parte do prédio Amélia Augusta estaria situado na área em questão. E, acreditem, os desembargadores decidiram entregar ilicitamente quase 4.000 m2 para a Rodobens, um enriquecimento ilícito de alguns milhões de reais. Tal medida constitui, certamente, improbidade administrativa, ou crime funcional, já que não está amparado em nenhuma lei e nem na constituição brasileira, excedendo assim os direitos de sua função.

Em virtude de tais fatos, o DCE não somente deve entrar com pedido de investigação no CNJ contra os dois desembargadores, mas, consequentemente, a quebra de sigilo bancário e fiscal, levantamento do patrimônio pessoal, levantamento de um possível envolvimento de parentes e pessoas que podem atuar como “laranjas”. O DCE não descarta ainda a hipótese de pedir colaboração da Polícia Federal, Receita Federal, Banco Central e do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que monitora movimentações financeiras atípicas, e outras ações pertinentes ao caso.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: eles fazem parte de uma suposta “banda podre no judiciário do Paraná? Há venda de sentenças? Improbidades Administrativas? Crime funcional?

O DCE ressalta ainda, para fazer justiça, que o relator do agravo, Des. Francisco Jorge, que estudou com profundidade as provas, fixou a data correta da construção em 2002, cassou a liminar e disse que o processo não estava maduro para a reintegração de posse. Um voto isento e distanciado, totalmente jurídico. Mas os desembargadores su speitos de venda de decisão simularam as datas, inventaram croqui, e mais grave deram o que não lhes pertencia para a Rodobens. É importante investigar, apurar e punir.

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5 ideias sobre “DCE Uniandrade pede ao CNJ que investigue juízes por “conduta ilícita”

  1. Coronel Perseu Jacutingassa

    Essa piazada precisa acordar e ver que estão servindo de massa de manobra dos reais culpados nessa história toda…

    Insuflando os aspirantes-a-advogados (com argumentos que só eles poderiam acreditar), os raposões se livram de eles próprios escutarem protestos dos estudantes. Não está na cara ?

    Porque a UNIANDRADE não explica sobre a baixa (me parece que quase nula) aprovação de seus oriundos no exame da OAB ?

    Culpa da Rodobens ou do TJ ? Por que não explicam a celeuma sobre a autorização que receberam para abrir 100 vagas e abriram 300 ?

    Os diplomas de Direito da UNIANDRADE tem valor legal ? Mesmo ?

    Fala sério turma… Vcs tem é que protestar contra a universidade que pagam e não para que ela não pague as dívidas que tem…

  2. Conde do Bar do Nero....

    “DCE Uniandrade pede ao CNJ que investigue juízes por “conduta ilícita””

    Como disse o Padre Quevedo: “Iquisso não equessiste” no Paraná.

  3. B.

    DCE da Uniandrade, nao envergonhe o movimento estudantil paranaense, sendo essa MASSA DE MANOBRA dos reais interessados nestas acusacoes pífias. Algum de voces já procuraram um advogado pra saber a viabilidade de tudo isso? Nenhuma. Ja procuraram um advogado pra processar a Universidade de voces? (sim, essa com a qual voces tem um contrato e deveriam cobrar). Estao conseguindo superar o movimento de invasao da Reitoria da USP, ofendendo magistrados ao inves de realmente buscarem justiça. Efusivo abraço, beijo no coraçao.

  4. João

    São os acadêmicos de hoje em dia.

    Provalmente nem efetuaram a leitura da decisão.

    No meu tempo de faculdade…a briga não seria com os Desembargadores, mas, sim, contra os diretores da faculdade, por deixarem de prestar contas aos alunos sobre suas dívidas.

    Ou será que, como destacou o Coronel Perseu, estão servindo de massa de manobra.

    O que acontece com os alunos da Uniandrade? Lamentável um DCE assumir este papel.

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