por Sergio Brandão

Acompanhei toda a cobertura da Tv Record, dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara. Esperei até agora para avaliar o trabalho. Primeiro grande evento esportivo que se propuseram a fazer,  sempre supondo que não deixariam a desejar, se comparados com as coberturas globais. Foram se preparando aos poucos, tirando gente da própria Globo. Gente com experiência em grandes eventos esportivos.
Também profissionais da produção, da técnica e dos que colocam a “carinha” no ar. Só por isso o trabalho já tinha tudo para ser igual, mas não foi.

Parece ter havido um desacordo entre setores da própria emissora: programação, jornalismo e comercial. Em alguns casos subestimaram o telespectador, com replays para encher “linguiça”,
e muitas vezes deram  a ideia de que estavam “ao vivo”. E quando a situação pedia o “ao vivo”, não foi o que aconteceu. Com a necessidade e a ânsia de transformar a transmissão em um grande espetáculo,
em algumas oportunidades esqueceram  do compromisso com o jornalismo, com a notícia. Casos do futebol feminino, ginástica, natação e na disputa com Cuba, pelo segundo lugar no quadro de medalhas.

Infelizmente para o Grupo  Rercord e para nós, não foi o melhor desempenho do Brasil em Jogos Pan-Americanos. Mesmo assim, valeu por ser mais uma opção esportiva na Tv, por ser a primeira vez,  as não dá pra esquecer de uma velha máxima que deve ser usada principalmente nestes casos,
quando se tem uma relação direta com a opinião pública: o elogio deve ser um reconhecimento do próprio público.Também podemos usar uma outra máxima popular , só que  adaptada para  a situação: esporte, religião e política não se misturam.