de Fausto Wolff
– O dia mais feliz da minha vida foi quando eu descobri que sabia ler. Aprendi sozinho aos 5 anos, pois meus irmãos negaram-se a continuar lendo seus gibis para mim.
– Conto histórias para mudar o mundo, pois vivo num mundo cujos senhores desprezam a educação e cultura, conseqüentemente os livros.
Tomei uísque com Fausto – esse é um Faustão, num hotel na praia de Boa Viagem, no Recife.
Ele também foi ver a chegada de Miguel Arraes no bairro de Santo Amaro.
Estávamos lá, Wolff, o saudoso Caio Perondi de Dois Vizinhos e eu, espremidos por setenta mil pessoas na praça Santo Amaro.
Caio e eu, éramos assessores do Nilso Sguarezi, e fomos de ônibus pro Recife. Quase três dias. Cheguei com os pés parecendo um bolachão de inchados e o Caio,
catarina, se metendo a falar nordestinês. Mas se denunciava quando falava Araes. Eu, sulmatogrossense, filho de cearense e baiana, criado no meio dos galpões dos peões que abriram a clareira onde fizemos Santa Isabel do Ivai, enganei muito bem.