10:04Apita, “presidenta”!

por Célio Heitor Guimarães

Agora já se sabe o que ou quem está segurando o ministro Orlando Silva Jr. no Ministério do Esporte. E não é, claro, a falta de prova da malandragem ouo  benefício da dúvida alegado pela “presidenta” Dilma. É ele, o ex Lulinha Paz e Amor, aquele dos 85% de popularidade, que não sabia de nada o que acontecia no seu (dele) governo.

Luiz Inácio teria manobrado nos bastidores, exigindo a permanência de Silva Jr. e pressionando o PCdoB a resistir e não entregar a peteca, quer dizer, o ministério. Era de se esperar: o impoluto Orlando é uma criação de Lula e os negócios da pasta do Esporte com as ONGs aconteceram na administração passada, desde os tempos de Agnelo Queiroz, outro apadrinhado do ex- presidente.

Segundo o jornal O Globo, na sexta-feira, quando era certa a queda de Orlando Silva, Lula ligou para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, proclamando ser hora da resistência. E o partido, que já cuidava da indicação de um substituto, passou a defender a permanência de Silva Jr. Depois, Lula ligou para Dilma.
Em linguagem esportiva, a isso chama-se “cornetagem”. E o serviço de limpeza na Esplanada dos Ministérios foi suspenso.

É uma pena. A “presidenta” não merecia essa intromissão e esse desgaste. Ia indo bem na tarefa de purificação do governo e, sobretudo, da remoção do entulho deixado pelo antecessor. Mas, em homenagem (e fidelidade) a seu criador, foi obrigada a dar um passo atrás. Oxalá essa “fraqueza” não venha atrapalhar-lhe a caminhada.

Espera-se, também, que a companheira Dilma saiba que toda concessão tem um limite. Se os fatos continuarem atropelando o moço do Esporte e se ele continuar cometendo faltas em campo, não restará a ela opção senão expulsá- lo do gramado, goste ou não disso Luiz Inácio.

Aliás, Lula bem que poderia ir à Líbia, cuidar das exéquias de seu amigo Muammar al-Gaddafi.

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5 ideias sobre “Apita, “presidenta”!

  1. jose

    Célio, segundo Mussolini, o fascismo era resumidamente:

    “Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.

    Interessante não? Quem aos outros chama de fascista adora extatamente o Mussolini disse…

    Aliás, tem uma citação de Bakunin bem interessante que cabe bem para a nossa “esquerda” e seus cegos seguidores:

    ” Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários.
    Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo.
    Quem duvida disso não conhece a natureza humana.”

  2. Célio Heitor Guimarães

    Mas tem uma coisa nesse imbroglio todo: o nosso Orlando nunca foi da esquerda, nem o PCdoB é mais, se algum dia foi. Só se esquerda significar procedimento errado, torto, coibido pela lei.
    Ao Piá de Favela: se é a mim que você está a se referir, sinto muito, pois não sabe de quem está falando.

  3. Conde do Bar do Nero....

    – Pode se lembrar os ”troskos” apoiaram Hitler .

    – Enquanto a minha pessoa , estou cada dia mais decepcionado com a profissão que vou seguir .

    – Se não hover o fechamento da Globo , Abril e da Folha , o jornalismo brasileiro nunca se igualará aos grandes .

    – A Imprensa tem o dever de informar , não de governar , ao contrario da maioria na profissão , eu discordo de tornar a imprensa o quarto poder …..isso é absurdo e anti democrático

    A maioria das revelações, porém, é incompleta, fruto de investigações apressadas, às vezes irresponsáveis.

    A fiscalização da imprensa não pode ser exercida de forma espasmódica e seletiva. Quando um jornal como a Folha de S.Paulo hospeda e protege em suas colunas uma figura como o senador José Sarney – encarnação das aberrações produzidas pela concentração do poder político-econômico-mediático – perde a legitimidade para defender a liberdade de expressão.

    Uma imprensa respeitada não pode ter o rabo preso nas malhas de qualquer poder. Uma imprensa respeitada precisa apresentar-se com seriedade e gravidade. Ao conviver com tantas banalidades, desperdiça suas convicções.

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