por Célio Heitor Guimarães

Provas!… Cadê as provas?!… – bradam os defensores do ministro Orlando Silva, aquele que não é “o cantor das multidões”. E é necessário mais provas? – indagamos nós. Não bastam os fatos que aí estão? O íntegro ministro distribuiu milhões de reais a ONGs que não existem, que sequer têm uma sede real, estabelecida. E onde está o resultado do trabalho das ONGs que firmaram convênios com a pasta do Esporte de Silva Jr. para difundir a prática esportiva em comunidades carentes deste Brasil varonil? Sobre isso ninguém fala?

Só no ano passado, seo Orlando repassou R$ 30 milhões a seus correligionários do PCdoB, envolvidos nas tais ONGs. A uma delas em particular, o Instituto Cidade, ligada ao atual assessor direto do ministro,
ex-secretário-executivo do ministério do Esporte, Wadson Ribeiro, coube R$ 9,4 milhões nos últimos anos. Essa ONG é dirigida atualmente por dois militantes do PCdoB, que comandaram a campanha eleitoral de Ribeiro, no ano passado, a deputado federal, sem que ele conseguisse eleger-se. Como pode um integrante da cúpula diretiva do ministério autorizar a assinatura de convênio com organização não-governamental a ele intimamente ligada e o repasse de verbas a esse organismo? E não apenas com essa, mas também com outra, a Contra Regras, que até maio deste ano funcionou em São Paulo numa casa que, por acaso, também foi sede da produtora da atriz Ana Petta, esposa do ministro Orlando. Essa mesma entidade foi autorizada a captar R$ 2 milhões em patrocínios para um evento chamado Virada Esportiva, em Campinas, SP, idealizado pelo cunhado de Silva Jr.. Tudo gente do PCdoB. E o senhor ministro não sabia de nada disso? Não é por acaso que pertence à quota do ex-presidente Luiz Inácio, o dos 85% de popularidade e muito pouca informação.

E os defensores do homem do Esporte ainda querem mais provas?

Triste foi o papel do PCdoB, ao qual são filiados Orlando Silva Jr., o acusador João Dias Ferreira, os dirigentes das ONGs envolvidas na tramóia e até bem pouco o ex-ministro Agnelo Queiroz, ao usar todo o seu tempo na TV, no programa do partido na quinta-feira passada, para tentar salvar a pele do ministro. Chegou ao absurdo de afirmar que, antes dele, partido, o Ministério do Esporte não existia e que foi, por obra de seus ministros que o Brasil conquistou a oportunidade de sediar a Copa do Mundo de Futebol e as
Olimpíadas de 2016.

Com todo o respeito, só por isso o indigitado Orlando Silva Jr. já deveria ser preso.