… Da figura do padrinho surgem figuras mais interessantes e complexas da Administração Pública: o puxa-saco; o orelha seca; o abana; o bate-caspa, que normalmente sem competência funcional específica, transformam-se em assessor para assuntos diversos, cuja função alia o privado ao público, no mister de massagistas do ego dos poderosos, desde a preparação de almoços e jantares especiais, o convite para apadrinhar o batismo dos filhos, até a mais comezinha gentileza na esfera privada do chefe. Como isto há uma sensível perda do senso crítico dos administradores públicos, em todos os poderes da República.
Noutra situação, quando há uma verdadeira troca de favores sexuais, em se tratando de sexo oposto, sempre às custas do erário com nomeação de cargos, licitações, liberação de verbas, convênios, etc. Nesta disputa, nem o puxa-saco a (0) ganha, pela superioridade da relação íntima entabulada como o poder pelas mãos de Afrodite.
de Claudio Henrique de Castro no livro “O Jeitinho no Direito Administrativo Brasileiro (e seus efeitos no desenvolvimento)”
Ué, muito me adimira as palavras do Dr. Claúdio, será que ele se esqueceu como, e o que fazia quando trabalhava para o falecido conselheiro Quielse?
Eita ! Isso foi golpe baixo…