Recebemos a seguinte mensagem da vereadora Renata Bueno (PPS), que, em protesto, não participaou da votação para a escolha da direção da Câmara Municipal de Curitiba:
Deixo de participar da escolha da direção da Câmara Municipal para ser fiel à minha consciência de cidadã e ao meu compromisso de representante do povo. Evito assim legitimar um processo que considero viciado, um jogo de cartas marcadas, onde quem perde é a democracia e o mais legítimo interesse público.
Defendo a limitação do número de reeleições em qualquer nível porque considero que a permanência por tempo indefinido tende a cristalizar privilégios e deformações que se perpetuam e corroem internamente qualquer instituição, a exemplo do que ocorreu na Assembléia Legislativa do Paraná. Mas essa é uma proposta que ainda não encontra respaldo na maioria dos meus colegas vereadores, entre os quais parece prevalecer a força do compadrio e a lógica do corporativismo.
Por isso, entendo que esse debate só pode frutificar fora da Câmara, pela força da imprensa, das organizações da sociedade civil e de todas as pessoas comprometidas com a construção de instituições verdadeiramente livres, transparentes, saudáveis e democráticas. Assim, de fora para dentro, talvez possamos interferir de fato na cultura de acomodação e leniência que escolhi combater desde assumi a militância política como uma das razões primordiais da minha vida.
o épico confronto bíblico entre David e Golias está encerrado nas páginas do livro santo. Assim como outras diversas passagens, esta tem a finalidade de dar esperança aos mais fracos de que é possível vencer o mais forte. Diferentemente da Bíblia, onde a “funda” em mãos hábeis foi suficiente para derrotar o gigante, hoje, o gigante (Derosso) não deixa que haja qualquer possibilidade de resistência ou de confronto. Ele domina 35 dos 38 vereadores e certamente não faz isso sozinho: é necessário uma logística perfeita para que ELE dite os caminhos da CMC nos últimos 14 anos, o que será aumentado em mais 2 anos. Entenda por logística a composição Beto Richa + PSDB + DEM + PPS e outros pequenos. Ou você acha que o inexperiente Stica, insuflado a ser candidato não se sabe por quem (ou por ELE) teria alguma chance de derrotar ELE? Lembre-se que o PMDB já forma fileira com ELE em “troca” da 4a Secretaria. Coube ao PT identificar uma forma de mostrar de forma mais clara possível para a sociedade que é contra esse esse “status quo” que se perpetua na CMC. Ter candidato nessa altura do campeonato seria referendar a bondade DELE em “permitir” que a oposição “dispute” em pé de igualdade a presidência daquela casa. Acho que os vereadores do PT e sua executiva agiram de forma sensata ao não permitir que o Stiquinha chancelasse essa marmelada que irá completar 16 anos. Parabéns a eles por essa corajem em não se deixar usar para validar um processo cheio de cartas marcadas.
Mto bem Renata. Bela iniciativa. Tenho certeza que tbem poderemos contar com seu apoio para acabar com mais uma reeleicao do seu pai, Rubens Bueno, a frente do PPS, que esta a mais de uma decada na presidencia do partido.
Fica muito facil se abster e nao votar pra nao se comprometer e perder beneces do poder municipal. Dificil é fazer como fez o Deputado Tadeu Veneri que votou sizinho contra a reeleicao da mesa diretora. Hj é o unico com a conciencia tranquila naquele antro.
Aqui, nestas paragens, tudo é conservado…
Seja na Alep ( mesmas famílias no poder a séculos) no legislativo municipal, até a OAB do Paraná é assim…
O povo daqui tem verdadeira ojeriza a mudanças…
Vejam como é a vida. Uma iniciativa que deveria merecer o aplauso do todos já é usada para destilar rancores. Este tipo comentário ajuda a criar e incentivar políticos carreiristas como a maioria dos vereadores de Curitiba. De minha parte quero cumprimentar a vereadora que mostra pelo menos sua independência.
CALA A BOCA SUA PATRICINHA, FICA CUSPINDO NO PRATO QUE COME, TODO MUNDO SABE QUE VC POSSUI UM DOS CARGOS DA CÂMARA NO TEU GABINETE, E O TAL DO LUIZ INÁCIO É NOMEADO NELE, NÃO QUEIRA DAR UMA DE SANTA, VÁ TRABALHAR E APRESENTAR UM PROJETO DE LEI QUE PRESTE PRA ALGO.
Se a nobre vereadora tem posição contra, que vote contra, abster-se em um processo democrático, por mais que entenda que existam manipulações ou interesses expúrios, ou que não concorde com a base legal que ampara a eleição, é lamentável, antidemocrático, óbvio. Me parece um jogo infantil, onde se as coisas não ocorrerem da forma como quer, não joga!