8:35Mais uma encrenca com Galdino

A briga de foice no escuro entre funcionários, ex-funcionários e o vereador Professor Galdino (PSDB) chegou ontem ao Tribunal Regional Eleitoral, onde foi protocolado denúncia de uso do gabinete na Câmara como comitê eleitoral na campanha deste ano, quando o parlamentar se candidatou a deputado estadual. O que chama atenção é que as informações são passadas do endereço da assessoria do vereador, como pode-se verificar na reprodução abaixo. A conferir:

de Imprensa Prof. Galdino <[email protected]>
para [email protected]
data 19 de novembro de 2010 07:36
assunto GABINETE DO VEREADOR GALDINO FOI USADO COMO COMITÊ ELEITORAL DURANTE A CAMPANHA

Denúncia foi feita ao TRE e ao Ministério Público por funcionários e ex-funcionários do parlamentar

Cinco funcionários e ex-funcionários do vereador Professor Galdino (PSDB) protocolaram, ontem (18), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e no Ministério Público do Paraná, a denúncia do uso do gabinete do parlamentar como comitê eleitoral durante as eleições deste ano. Galdino foi candidato a deputado estadual, mas não se elegeu.
No documento, em que elencam diversos fatos ocorridos nos 90 dias de campanha, os funcionários responsabiizam o parlamentar pelo descaso com que tratou os alertas de assessores a respeito da ilegalidade em que incorria ao usar o gabine como comitê eleitoral, autorizando o envio de releases à imprensa, utilizando os telefones do gabinete para pedir votos e discutindo estratégias de campanha, inclusive com o Coordenador da Juventude do PSDB, Marcello Richa, filho do governador eleito do Paraná, Beto Richa.
Os funcionários e ex-funcionários que assinam o documento acusam também o vereador tucano de prevaricação, ou seja, uso de dinheiro público com finalidade que não condiz com o exercício da função.
Nos dois meses que antecederam o início oficial da campanha, Galdino nomeou Claudimir Maciel Lopes da Silva e Gerson de Souza Nobrega, ambos no cargo de assessor parlamentar, nomenclatura CC-7 (R$ 2.538,76).
A intenção deliberada do vereador, segundo os denunciantes, era exonerá-los durante os três meses de campanha, com a função de pedalar os triciclos do então candidato, período em que não receberiam nenhum salário, para depois recontratá-los a partir de 1º de outubro, fato constatado no Portal da Transparência da Câmara Municipal de Curitiba (www.cmc.pr.gov.br).
“O que Galdino fez foi pagar um salário estratosférico a pessoas que não tinham função no gabinete para, assim, garantir que eles servissem de cabos eleitorais durante a campanha sem que ele precisasse desembolsar nenhum tostão por isso”, afirmou o ainda assessor político do vereador, Paulo Tadeu Murta.
Pressionado a alugar um local para o funcionamento do comitê eleitoral, Galdino convocou uma reunião, em meados de agosto – quando já haviam transcorrido 45 dias de campanha –  em que sugeriu a cotização do gabinete para o pagamento da despesa. Como a maioria se recusou, ele sugeriu então que a Assessora Técnica Parlamentar, Eliane Schuster, que recebe o salário CC-5 em dobro (R$ 8.462,54), oficialmente para dar suporte ao vereador nas cinco comissões permanentes da Casa (o que efetivamente não faz) para que, por iniciativa própria, custeasse o aluguel. Ela negou.
Antes, o próprio vereador já havia rejeitado proposta dos funcionários para que cedesse o escritório que mantém num edifício da Avenida Marechal Deodoro, cujo codinome é “base”, alegando não querer aumentar os custos na prestação de contas enviada ao TRE-PR.
Na campanha a vereador, em 2008, Galdino foi eleito vereador com 11.736 votos, declarando gasto ínfimo: R$ 540,00.
Diante da temeridade do que estava ocorrendo, os funcionários decidiram por iniciativa própria arquivar os releases e fotos de campanha em PEN-DRIVE e solicitar à UNIQUE-DB, empresa responsável pelo gerenciamento do Portal de Campanha do Professor Galdino, o back-up (cópia) das postagens de notícias, vídeos, fotos, além do conteúdo das mensagens em rede sociais e hotsites para a comprovação de que o trabalho era efetivamente feito durante o expediente do gabinete, ou seja, entre 8 e 18 horas.
Da mesma forma, foi providenciada a mudança da senha da conta de e-mail para preservar as cerca de 200 correspondências eletrônicas de campanha enviadas aos órgãos de imprensa a partir de um mailing contendo 700 endereços listados.
A legislação em vigor proíbe expressamente o uso da estrutura de gabinete para realização de campanha eleitoral.
“E isso foi o que o vereador Galdino mais fez. Mesmo em licença da Câmara por dois meses, ele passava as tardes no gabinete, utilizando o telefone para fazer contatos”, relata Vinicius Janoski, encarregado no gabinete de aproximar o vereador da Juventude do PSDB.
Janoski e o assessor de imprensa, Marcus Vinicius Gomes, presenciaram, na reta final do primeiro turno, cena constrangedora em que o Professor Galdino, preocupado com a eventual derrota de Beto Richa nas eleições, procurou o Coordenador de Comunicação do PSDB, Deonilson Roldo, oferecendo-se para desistir de sua candidatura e assumir a Coordenação de Marketing da campanha. Logo em seguida, ele ligaria para o Coordenador da Juventude do PSDB, Marcello Richa, e com este a conversa prolongou-se por cerca de 40 minutos.
Por diversas vezes, para espanto dos assessores, Galdino fez tocar um jingle gravado em seu celular que seria, segundo ele, a salvação para eleger Beto Richa. O “espetáculo” incluiu a “dancinha do Pocotó”, que minutos depois ele repetiria no gabinete do presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), desta vez tendo como testemunha apenas Janoski.
Os documentos protocolados ontem (18), incluindo dois pen-drives, e a senha de e-mail da assessoria de imprensa, foram despachados à presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e à Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba, ligada ao MP.
Segundo avaliação de técnicos de Contas Eleitorais, o primeiro passo na investigação deverá ficar a cargo da Polícia Federal, encarregada da perícia dos três computadores do gabinete de Galdino. A partir deste relatório, outras medidas serão tomadas.

CONTATOS:
Carol Gravena – (41) 9841-3038
Marcus Vinicius Gomes – (41) 9103-2441
Renato Fernandes e Silva – (41) 8849-9249
Patricia Rosa – (41) 8841-3549
Bruno de Paula Seus (41) 7814-9556
Vinicius Janoski – (41) 9903-0481
Marco Antonio Kurovski – (41) 9699-2408
Cleusa da Cruz Santos – (41) 9612-4864
Paulo Tadeu Murta – (41) 9233-3779
PROFESSOR GALDINO
(41) 9135-8562

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8 ideias sobre “Mais uma encrenca com Galdino

  1. coroa

    e vai dar o quê! Já o salarios do pessoal da camara esta bom em? 8.000 reais para assessor parlamentar um inutil que fica atendendo telefone e anotando recados, Nós aqui da Prefeitura trabalhamos para angariar dinheiro , e eles fazem a festa, quando teremos homens publicos que realmente farão algo por nós , porque os que estão ai sem distinção nenhuma são uns tróços,uns inuteis bando de incompetentes só fazem leis contra os pobres imaginem potencial construtivo, enquanto os ricos no centro constroem cem por cento , até trinta pavimentos eles acharam uma maneira de roubar aos pobres no bairro.

  2. Florzinha

    Ainda tem muito mais pela frente. Tem ex-funcionários, que trabalharam com o dito-cujo há mais de um ano e tem guardado sob sete chaves dossiês dos absurdos que o edil cometia contra eles. Esses ex-funcionários aguardam o melhor momento para jogar a última pá de cal no vereador que ganhou na CMC o apelido de professor aloprado em rodinhas políticas.

  3. cadu

    SÓ PARA CONSTAR NÃO É SÓ O GALDINO QUE FAZ ISSO, TEM UMA FILHA DE LIMPINHO MAIS SUJA QUE PAU DE GALINHEIRO PAGANDO DE GOSTOSA QUE CAIRÁ DO CAVALO MAIS DIA MENOS DIA…. TAMBÉM ESTOU NO AGUARDO PRA VER…

  4. maria

    Até que enfim os capachos do prof aloprado, opa, quer dizer galdino tomaram uma atitude decente…
    E continuem jogando M… no ventilador, ele merece…

  5. Fernanda

    Tiro meu chapéu pro Galdino, o professor é muito corajaso, mandou embora estes púlhas do dinheiro público que se achava os donos do gabinete do vereador. Daí o Galdino deu corda e eles se enforcaram. este Galdino de bobo não tem nada. Entrou no caminho dele, ele liquida literalmente!!!

  6. xUXA

    Lógico que Caio e Fernanda estão fazendo o que o Galdino OBRIGA seus assessores parlamentares a fazerem: postar mensagens de encorajamento a ele nos blogs para tentar limpar a imagem.

    GALDINO O POVO NÃO É IDIOTA! VAI FAZER POCOTÓ EM OUTRO PASTO!

  7. Indignação

    Esses funcinários ou ex-funcionários são uns mediucres, poque enquanto estavam mamando tava tudo certo, agora que a teta secou estão querendo sujar a imagem do professor Galdino.
    Eu acredito que o professor nao tem nada haver com essas coisas que estao inventando. Estou com pena do professor Galdino que contratou esses seres como se fossem de sua CONFIANÇA! Imagina oque esses abutres variam se nao fossem da confiança de um vereador? Ainda bem que o parofessor Galdino enchergou que esse tipo de gente nao serve para trabalhar pelo povo e teve coragem de mandar embora esses parasitas, mesmo sofrendo essa lavação de roupa suja, que é uma VERGONHA! Professor Galdino não se deixe abater como essas provocações, sabemos que é uma pessoa que preza pelas coisas justas e corretas. Este é o preço que se paga por não fazer parte do sistema.

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