10:36Datafolha vai ao CNJ e pede investigação sobre juiz que barrou pesquisas

Da Folha de São Paulo:

Datafolha pede que CNJ investigue juiz que barrou pesquisa no Paraná
Para instituto, magistrado criou “clima de censura” no Estado

O Instituto de Pesquisas Datafolha requereu à corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, a instauração de processo disciplinar contra o juiz auxiliar Nicolau Konkel Júnior, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, por haver determinado a não divulgação de pesquisas eleitorais.
Na representação ao Conselho Nacional de Justiça, o Datafolha afirma que a decisão do juiz “criou um clima de censura no Estado do Paraná”, o que configura “grave cerceamento à liberdade e direito de informação”.
Os advogados Luis Francisco Carvalho Filho, Maurício de Carvalho Araújo e Marina Dias Werneck de Souza sustentam que o Datafolha obedece rigorosamente a Lei Eleitoral e seus critérios sempre foram aceitos pelo Tribunal Superior Eleitoral e tribunais regionais eleitorais.
O TRE do Paraná, contudo, passou a impedir, a partir do dia 22/9, a divulgação da pesquisa para o governo estadual, “criando um regime de censura prévia inaceitável”.
Naquela data, a coligação “Novo Paraná”, que apoia o candidato Beto Richa (PSDB), ingressou com representação, alegando pesquisa irregular. A contestação diz respeito aos critérios usados pelo Datafolha para escolher a amostra da pesquisa.
No mesmo dia, e sem ouvir a parte contrária, o juiz Konkel Júnior suspendeu, em liminar, o registro e a divulgação da pesquisa, sob pena de multa de R$ 100 mil.
O Datafolha pediu reconsideração, que foi indeferida. O instituto recorreu ao TRE-PR, que manteve a proibição.
O descumprimento dos prazos para julgamento interessa a partidos que tentam impedir a divulgação de pesquisas e “a Justiça Eleitoral não pode estar à mercê de interesses partidários”, afirmam os advogados.
A última pesquisa Datafolha também foi impugnada.

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9 ideias sobre “Datafolha vai ao CNJ e pede investigação sobre juiz que barrou pesquisas

  1. Lucas

    A CNJ deveria investigar os in$tituto$ de pe$qui$sas, isso sim. O juiz foi aplicou a lei: NÃO ATENDIA A LEGISLAÇÃO ELEITORIAL.
    Ríiculo o Datafolha. ENtão , eles que mudem a lei ou cumpram o método exigido.

  2. Edson

    Grande Zé Beto:
    Vai aqui uma singela contribuição jornalistica do dia.
    A Folha de São Paulo publicou hoje o seguinte título, na página Mundo A 15:
    ” EM MEIO A CRISES, OBAMA
    DEVE PERDER BRAÇO DIREITO”
    Imagine se fosse aqui no Brasil, o nosso Lula já teria perdido mais do que um dedo.
    Abraço

  3. Carlos Honorato da Silva

    Zé Beto,

    Alguns advogados gostam de tirar dinheiro dos seus clientes com teses que, muitas vezes. não conhecem ou não querem conhecer. Este assunto é de matemática e de estatística e, desta feita, deve assim ser entendido.

    A Lei foi baseada em princípios e normas da estatística, universalmente aceitas.

    Assim reitero o que já disse: se todos devem cumprir a lei – jornalistas, empresas, enfim, toda a população, porque os Institutos de Pesquisas não querem? Será que eles querem ter algum poder discricionário?

    A Lei que rege a matéria estabelece um conjunto normatizado de principios que são basilares. E isto tem uma razão de ser, tecnicamente falando.

    Para que os resultados se aproximem, de fato, de um alto indice de confiança da amostra coletada ( 95%) é necessário que os dados sejam muito confiáveis. Agora, vociferar suposta censura com o caso é uma barbaridade desmedida e desonesta: leva conta a emoção do momento e não o que é correto e legal.

    Como professor com amplos conhecimentos de estatística, afirmo que a Lei em exame é correta e adequada e foi objeto da análise de especialistas, e deve ser aplicada do jeito que professa.

    Aliás, muitos jornalistas omitem a análise técnica do caso em prol do emocionalismo barato. Deveriam dar ênfase no que disse o desembargador, que julgou o assunto baseado no princípio, tanto da forma quanto no conteúdo. A Lei resguarda o eleitor de informações não confiáveis.

    Assim, talvez, como desejavam os partidários do Osmar, os desembargadores deveriam não aplicar a Lei e agir com ilegalidade! Tenham uma santa responsabilidade minha gente!!!!

  4. Antonio

    Quero informação, desde que ela seja verdadeira.
    Isso tem q investigar, não se pode deixar todo o poder na mão desses institutos.

  5. Zero

    Mas… antes, quando Beto tava na frente, as pesquisas utilizavam os métodos corretos??! Por que ele não pediu impugnação quando liderava folgadamente?

  6. Jaquestripp Hadhor

    A (des) confiabilidade dos institutos foi posta em xeque naquelaas eleições que eles indicavam Paulo Pimentel e Tony Garcia e ganhou Flávio Arns, cuja pontuação era nada. Também Rubens Bueno não chegava a 3 por cento naquela prá prefeitura e bateu na casa dos vinte. Tudo indicava que Dilma a Oca, papava folggada no primeiro turno. Vai ter

  7. Jaquestripp Hadhor

    …que se ralar no segundo.
    A única instituição ainda em alta é o Corpo de Bombeiros, já que os carunchos, os ácaros, as tênias, os áscaris lumbricóides, invadiram os Correios.

  8. Carlos Niebuhr

    a coligação “Novo Paraná” já divulgou pesquisas que mais lhe interessavam, né não? ou só eu lembro?

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