O caldo entornou de vez! Hoje cedo, em entrevista a Joice Hasselmann na rádio Bandnews, Beto Richa, candidato do PSDB ao governo do Paraná, foi de tacape com prego na ponta em cima do adversário, o senador Osmar Dias. Aguarda-se o pronunciamento do candidato do PDT. Confiram os trechos mais contundentes: 

… Da minha parte, foi uma campanha limpa. Do meu adversário foi uma campanha rasteira, uma campanha suja. Ele tentou em todos os momentos me colocar contra os professores com jornais a serviço de sua candidatura, ofensas a minha honra. Esses foram apreendidos em vários comitês dele pela Justiça Eleitoral – e quem fez a apreensão foi a Polícia Federal (…). Então, sofri todo o tipo de ataque. Inclusive, uma entrevista que eu dei a você, Joice, que foi, você sabe disso, distorcida, deturpada, pra mais uma vez me colocarem contra os professores no Paraná. O que eu fiz foi o seguinte: a minha equipe resolveu reagir. Mas não da forma como ele fez, com boatos, com mentiras, batendo com a mão no gato. Nós mostramos fatos verídicos. Ué! Ou ele nega que o Requião falou o que falou em relação, segundo o Requião, a compra ilícita de uma fazenda no Tocantins? Ou ele nega que duas vezes foi autor de uma lei acabando com a indenização do FGTS por demissão por justa causa? Ou ele nega que votou a favor da CPMF? Tem várias outras situações. Fora isso, não fiz nenhum ataque mentiroso, maldoso. Não é meu estilo.

–  Tenho visto um Osmar que eu não conhecia, embora muitos me alertavam. O Osmar que participou da campanha de Requião de 90, com ataques sórdidos ao meu pai, José Richa. Quando, no segundo turno com o Martinez, o Requião candidato, o Osmar era coordenador daquela campanha, que foi o a maior estelionato eleitoral da história, criando aquele personagem falso, o Ferreirinha. Venceram a eleição com estelionato eleitoral. Eu nem sabia que o Osmar era o coordenador dessa campanha. Tem episódios de truculência, de surrar funcionários dentro da Secretaria de Agricultura, da Emater, de ser uma pessoa intolerante, de uma pessoa que não é afável, muitos menos aberto ao diálogo, à transparência, que é tão truculento quanto o Requião. Mas, enfim, eu não conhecia esse lado dele. Durante a campanha, se mostrou outra pessoa. Então, estou assim, surpreso e, de certa forma, decepcionado com a atitude que ele vem tomando nesta campanha eleitoral. Primeiro, não assume que teve três vezes na casa do Serra, apertou a mão do Serra, em junho agora, às vésperas da convenção, e falava horrores do PT, e hoje está abraçado. Agora o PT é o melhor partido do mundo (…). Então, as pessoas têm que ter compromisso com a verdade, têm que ter palavra e ele tem faltado, nesta campanha, com esses valores que são muito importantes pra mim.

 – Minha família, de certa forma, está magoada  com a atitude do adversário. Tanto trabalhamos por ele (Osmar) em 2006. Fizemos ele vitorioso aqui na capital (…). Quando convém, ele usa o nome do meu pai, mas quando ele (o pai) precisou do apoio, foi traído na eleição de 90. Semana passada eu tive que segurar a minha mãe, porque ela queria fazer um depoimento na televisão dizendo para que tanto o Requião quanto o Osmar não usassem o nome do meu pai. Porque, quando interessa, eles usam o nome do meu pai.  Quando precisou derrotar, foram sórdidos, foram rasteiros e impiedosos, quando derrotaram meu pai na eleição de 90. Então, minha mãe ficou muito sensibilizada com esta situação em ver que as mesmas agressões que meu pai sofreu desses dois, agora são dirigidas a mim e à minha família novamente. Isso tem que acabar em um determinado momento. Essas velhas práticas políticas que não levam a nada.