Do descobridor do Cabral:
Nunca se fala tanto de (e em) honestidade como agora, época de eleição. E, como se não bastasse a grande maioria dos candidatos bradando que é honesto, como se isso fosse privilégio, algo como uma dádiva divina, ainda há a contribuição de terceiros. Passando pelo Luzi, aquele mesmo do Z, hoje à tarde, um cidadão foi obrigado a ouvir (eles falavam alto) a conversa de duas figuras. A primeira contava que a fiscalização na fronteira aumentou, o que levou a segunda, com a maior tranquilidade, a revelar como uma façanha a ser comemorada que, “antes”, ele fazia tranquilamente contrabando de pneus na Tríplice Fronteira. E não é que o segundo deu corda à conversa confessando que recorria a tal expediente, só que transportando gasolina, e também sem maiores problemas, antigamente? Por fim, o inevitável: as eleições. A dupla recorreu ao surrado jargão de que todo o político é desonesto, não sobra ninguém e coisa e tal. Na saída, os dois procuraram o primeiro ponto de bicho para perpetrar uma contravenção diária, a tal “fezinha”.
Finalmente, alguém faz uma referencia a maior rede social de contravenção no mundo. O jogo do Bicho !
Mas quem não é assim? Somos todos fichas limpas, ficha suja é coisa só de políticos. Nós não, se somos desonestos é porque pagamos muito imposto, e precisamos livrar o nosso. Comprar cd ou dvd pirata não é pecado. Engano seu mané, além de ser pecado é crime. E é assim que somos, bandidos são sempre os outros, nós não, nós somos todos fichas limpas. ACarlos