12:57Caso Carli: advogados da acusação detectam manobra e pedem andamento do processo

Da assessoria do escritório Elias Mattar Assad:

Na audiência de interrogatório do ex-deputado Carli Filho, ocorrida no último dia 10 perante a Segunda Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, o Juiz presidente do processo, Dr. Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, deliberou por aguardar a devolução das cartas precatórias de São Paulo, na qual seriam ouvidas as últimas testemunhas de defesa: Paulo Zorelo e Marcelo Mussi Ferreira. O primeiro é instrutor de artes marciais e não obedeceu o juiz paulista por duas vezes embora intimado e com determinação de condução coercitiva e advertência de cometimento de crime de desobediência. A segunda testemunha é proprietário de um restaurante situado na rua Amauri, n. 234, Jardim Europa, em São Paulo e é tida como não encontrada pelo Oficial de Justiça daquela Capital. Os advogados Samir Mattar Assad e Roberto Haddad, do Escritório Elias Mattar Assad, assistentes de acusação em nome da família Yared, interpretam agora o despacho judicial, pelas últimas ocorrências, como uma “atípica suspensão do processo” e, decorridos mais de vinte dias, sem novidades ou respostas judiciais, estão encaminhando nesta data uma petição para que se retome o andamento do processo, independentemente de aguardar cumprimento de precatórias, como determina o Código de Processo Penal. Fundamentam o pedido com a inutilidade da prova, já que não se tratam de testemunhas presenciais e sim de mera conduta. Ainda, documentam o Juízo que uma delas não foi encontrada no endereço fornecido pela defesa (em seu restaurante) e que a outra, embora intimada duas vezes e mesmo com mandado de condução coercitiva e força policial, deixou de comparecer perante o Juiz de São Paulo. Como o artigo 222 do Código enuncia que: “a expedição da precatória não suspende a instrução criminal”, os assistentes da acusação estão pedindo que o processo siga para a acusação e defesa, para as finais alegações, pelos prazos de cinco dias cada parte e, em seguida, ao Juiz para que delibere sobre a pronúncia e remessa do processo para julgamento pelo tribunal do júri. Caso contrário ficará suspenso indefinidamente por problemas criados pela defesa, o que é vedado por lei, arrematam os advogados. O processo contra o ex-deputado Carli Filho trata dos fatos, por ele protagonizados, no dia 7 de maio de 2009, na rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, quase esquina com a rua Paulo Gorski, em Curitiba, que resultou nas morte de Gilmar Rafael Souza Yared (26) e Carlos Murilo de Almeida (20).

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