10:14A menina que virou onça

Recebemos o seguinte email de montanhistas que, por motivos óbvios, não podem ser identificados. É um retrato do que acontece no que temos de mais rico, ou melhor, do que sobrou, e que só ganha destaque quando acontece coisa ruim, como o desaparecimento recente no Caminho do Itupava. Confiram:

Um amigo meu escreveu essa “declaração de amor pelo IAP. Já é a trocentézima vez que ele anda por lá procurando o que não quer encontrar. Se não está apagando fogo e arrumando a trilha, é procurando gente, resgatando gente. Aí o governo faz uma reforminha vagabunda na trilha, e o IAP fica torrando o saco de quem passa. E no fim, quando dá caca, eles dizem que só fazem a estatística de quem passa. O Itupava é “só” a primeira estrada do Paraná. Inclusive tinha pedágio. E o governo ainda não consegue dar segurança ao lugar. Agora não é mais estrada. É caminho turístico. É um caminho TORTURÍSCO, que as operadoras de turismo vendem no mundo inteiro. A ALL, que explora a ferrovia, não cuida nem das casas da linha, que estão todas destruídas e servem de mocó de malacos. O cúmulo dessa história da moça sumida é que levaram vários dias pra dar falta dela – e quem percebeu foi a vizinha. O IAP, que registrou a entrada e não a saída, não fez nada com essa informação. Numa dessas eles colocaram um x na tabelinha dos sumidos no caminho…. Eu queria saber o que falta para eles poderem fazer esse mínimo trabalho de controle, que até o pipoqueiro consegue fazer sem muita tecnologia. Enquanto, isso o fazendeiro do Pico Paraná continua cobrando. Ele pode cobrar, mas o IAP não pode? Nem que seja um real por pessoa, para pagar a ligação no fim do dia?

A menina que virou onça
Já passaram 11 dias que a menina entrou na floresta, o que era pra ser um passeio tranquilo de lazer pela serra se tornou uma busca pelo que não queremos encontrar.
Mas as buscas precisam prosseguir para encerrar a ansiedade dos pais, familiares e amigos.
Do recente escândalo do tráfico de animais silvestres, do desbaratamento da quadrilha de palmiteiros que agia incólume, às mortes no Itupava.
É isso que queremos mostrar das belezas da nossa serra?
Ouvi dizer que cada Estado teria que ter um órgão que cuide e preserve a Natureza. Cadê o órgão paranaense?
O que vemos é a incompetência ambiental do paraná, que está degradando, permitindo, facilitando, incentivando, colaboranado e acabando com a Natureza.

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