10:53No Segunda Edição

Beto Richa, candidato do PSDB ao governo do Paraná, foi entrevistado ontem pelo telejornal ParanáTV Segunda Edição, da RPC (hoje será a vez de Osmar Dias, do PDT). Para quem não viu, seguem as perguntas feitas e respostas dadas:

A série de reportagens Diários Secretos confirmou vários casos de corrupção e desvio de dinheiro público na Assembléia Legislativa. Se o senhor for eleito, como pretende conviver com isso?

“Sempre primamos pela ética, transparência e correção nos nossos atos, especialmente nos cargos públicos que ocupamos. Evidente que vamos ter medidas para moralizar, medidas anticorrupção. Qualquer denúncia relativa ao Governo do Estado será apurada. Precisamos lembrar que a Assembléia Legislativa é um poder independente. Agora, tudo que for necessário para contribuir também para que outras entidades e outros poderes possam ter mais transparência e merecer mais credibilidade por parte da população, não vou medir esforços no cargo de governador do Estado.” 

Alguns deputados envolvidos neste escândalo estão na sua base de apoio. Como o senhor explica isso?

“Minha aliança, posso dizer de peito aberto, foi feita com princípios e com coerência entre partidos que caminharam juntos nas últimas eleições. Nós reproduzimos essa aliança, sem apenas um partido que optou por se unir com seus adversários. Eu não tenho compromisso com o erro. Todos que fazem parte da nossa aliança é porque acreditam nas minhas propostas, é porque adotam o Plano de Governo, que hoje (16) tive oportunidade de registrar em cartório, para mostrar transparência e o quanto faço política com seriedade. Se alguns que cometeram erros no passado agora estão comigo, eu não tenho compromisso com o erro. Estão comigo porque acreditam na minha proposta. Há vários deputados que foram apontados nestas denúncias que estão também do outro lado. Agora, eu falo por mim. No meu governo, teremos ética, transparência e seriedade, como foi a nossa boa administração na capital. Portanto, tenho bons exemplos a dar ao longo dos mandatos em que optei. A prática é o critério da verdade.” 

No seu Plano de Governo, o senhor fala em duplicar rodovias, ampliar a malha viária e a capacidade do porto. A questão é que o Governo do Estado não tem dinheiro para tudo isso e as principais rodovias do Estado estão nas mãos das concessionárias. Como o senhor pretende cumprir esses compromissos?

“O Paraná, lamentavelmente, hoje é o 18.º Estado em volume de recursos para investimentos. Que tem que fazer estradas, todo mundo sabe. A grande questão é como fazer isso. É por isso que eu digo que o Paraná precisa de um especialista — não nesta ou naquela área, em educação, agricultura ou saúde — e sim em gestão pública. Vamos implantar um modelo de gestão no Paraná a exemplo do que fizemos na capital. Sou de um partido adversário do Governo Federal, tive uma relação tumultuada com o Governo do Estado, não por opção minha, e consegui transformar Curitiba em um canteiro de obras, porque fiz uma gestão eficiente, com planejamento, prioridades e o compromisso de fazer o melhor.” 

O senhor pretende renegociar o valor do pedágio?

“Vou despolitizar este assunto, que foi objeto de demagogia em campanhas eleitorais anteriores. Eu não trabalho com demagogia, trabalho com a verdade. Vou chamar as concessionárias para o diálogo para chegar a um entendimento e vou fazer prevalecer o interesse público. Eu sei que é possível termos uma tarifa de pedágio justa e acessível, e não uma tarifa incompatível com a realidade econômica do Paraná. É possível, além de uma tarifa mais justa, retomar os investimentos de melhoria das nossas rodovias, para garantir a segurança dos usuários.”

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