11:35Festa indigesta na fazenda das invasões

Aquela fazenda que pertenceu à Syngenta, localizada em Santa Tereza do Oeste, continua rendendo notícias tristes. Depois de ter sido invadida e depredada pela Via Campesina várias vezes e palco de um confronto em 2007 que resultou em duas mortes, ela foi doada pela empresa ao governo do Paraná que, através do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), instalou nos 12o hectares o Centro de Ensino e Pesquisa em Agroecologia, inaugurado em dezembro do ano passado com o nome de Valmir Mota de Oliveira, o Keno, funcionário da Funpar e integrante do movimento Via Campesina morto no confronto de 2007. Pois ontem, na Assembleia Legislativa, o líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM), denunciou “abuso” nos gastos com a tal festa. Depois de analisar a resposta a um pedido de informações sobre a cerimônia, ele disse que gastos foram efetuados com dinheiro público sem a realização de licitação. “O Governo pagou ônibus para transportar as pessoas das mais diversas cidades do Paraná. A Viação Mouraoense prestou o serviço no valor de R$ 10 mil mediante carta-convite. O restante não teve qualquer tipo de licitação. Isso infringe a lei das licitações e o ordenador das despesas pode responder judicialmente”, afirmou. Consgta que foram gastos R$ 60 mil em transporte e R$ 30 mil em cartilhas. Segundo Rusch, o gasto total para a festa de inauguração foi superior a R$ 130 mil. “Não bastasse a grande quantia que governo usou para financiar a festa, foram utilizados funcionários públicos estaduais para organizar a cerimônia”, disse. “Essa festa foi um motivo banal para reunir os ‘movimentos sociais’ que invadem as propriedades produtivas do nosso estado”. Em tempo: as informações só foram obtidas porque a Justiça concedeu uma liminar.

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