17:37O porto já estava afundado

A interdição do Porto de Paranaguá, que vai causar um prejuízo astronômico ao Estado, era esperada há algum tempo, apesar da propaganda do governo afirmar que ele é um dos melhores do mundo. Era administrado com a competência de alguém que não conseguiu sucesso com um restaurante de filés e tratava o segundo maior porto do Brasil como se fosse o dono. Tanto que, ainda no começo da catastrófica gestão, quis expulsar os técnicos da Antaq aos gritos. Eduardo Requião, irmão do então governador Roberto Requião, fez isso e muito, muito mais. Negligenciou a questão básica da dragagem durante anos e o calado dos navios teve que ir diminuindo ao ponto de se correr o risco de inviabilizar o atracamento. “O porto não possui estudos ambientais. Desde 2003, exigimos adequações, mas há um descaso da administração com o problema. o porto não tem um plano de emergência e contingência. No caso de um acidente de grandes proporções, haveria um desastre”, afirma Luciano de Meneses Evaristo, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, órgão que interditou hoje o porto. Nunca é demais lembrar que tempos atrás foi aprovada na Câmara Federal a interdição do porto. Mas a determinação não chegou a ser votada no Senado, provavelmente por injunções políticas, afinal, o ex-governador pertence ao mesmo partido do presidente daquela Casa.

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