Zeca não era Jagger de bobeira. Mas um dia ele perguntou o que seria dos Stones sem a guitarra do Richards. Zeca era Stones. Ezequiel Neves nos textos assinados no Jornal da Tarde. Para fazer a cabeça de quem estava no gueto sem cultura. Escrevia com tanta energia sobre o rock nosso de cada dia que ouvia-se o som ao ler. E o coração pulsava como se estivéssemos no gargarejo do palco. Naquela época quem imaginaria assistir a três shows diferentes da maior banda de rock do Planeta? Eles vieram. Zeca hoje se foi. Mas a legião dos que sentiram a força das palavras do grande crítico está aí. E os filhos também. E os netos. E os bisnetos. Para sempre. Obrigado e amém.