8:31Violência ou descaso?

De uma amiga do blog:

Na confluência das ruas Lysimaco Ferreira da Costa, com a Marechal Hermes, no Alto da Glória, todos os veículos que vêm da via rápida da Santa Cândida se encontram. Ônibus, caminhões pesados, caminhonetes, carros possantes, e outros nem tanto, surgem velozes logo após uma forte curva à direita, que, mais adiante, o traçado leva até a avenida Cândido de Abreu. 

Semáforos e guardas de trânsito não existem neste “delicado” cruzamento, por onde atravessam, todos os dias, também crianças, adolescentes de escolas próximas, além, é óbvio, moradores de todas as idades, em especial, idosos, que residem nas imediações. Resultado semanal: acidentes de trânsito dos mais variados tipos, como o que ocorreu na sexta-feira, que vitimou um motoqueiro/correio e acaba de ser levado pelos anjos/socorristas do Siate. 

E qual seria a solução rápida e básica para impedir que pessoas fiquem feridas – algumas com gravidade e risco de morrer ou com seqüelas permanentes – ou tenham danos e perdas materiais? Simples: a colocação de um bom semáforo, com três tempos ou, ainda, uma rótula, com gramas e flores para acalmar os ânimos. 

Os mesmos problemas acontecem nas confluências das ruas Augusto Stresser e Augusto Severo, onde seis ruas se cruzam, também no Alto da Glória. 

Em uma delas passam os ônibus intermunicipais, que saem do município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, com muita pressa para não pagar multa por atraso. 

Assim, de repente, a violência, os seres humanos feridos e mortos, são banalizados no cotidiano. Em meado de abril, uma mulher ficou desacordada e ferida, mas foi salva por milagre e pelos três airbags que se abriram. O carro teve perda total. Na semana seguinte, outro acidente, próximo a esse local, com um ônibus da mesma empresa. Saldo trágico: a morte imediata do motorista do carro atingido pelo coletivo.   

Nestes cruzamentos, será que a perícia encontra marcas de freadas dos veículos “donos das ruas”?  Quase nunca. Por que será? Aqui também, um pouco da atenção das autoridades, com a colocação de semáforos, seria de grande utilidade social e humana. Bem mais do que os radares que auferem a velocidade. Aliás, pela grande quantidade de aparelhos de radares na cidade, as autoridades bem sabem que alguns motoristas cometem abusos e excessos. 

No entanto, não dá mais. Já está na hora de acabar com esta violência e cuidar melhor da vida dos cidadãos e cidadãs. Melhor investir em prevenção do que em lucro. A vida é muito preciosa para ser trocada por algumas centenas de reais obtidas com as multas de radares. Infelizmente, algumas autoridades só se dão conta desta verdade, quando alguém bem próximo é a vítima fatal.

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