9:53Douglas Fabrício e as frases da Gazeta do Povo

Recebemos a seguinte mensagem da assessoria de imprensa do deputado Doulgas Fabrício (PPS):

A Gazeta do Povo publicou matéria utilizando frases ditas pelo deputado Douglas Fabricio dentro de um contexto do discurso proferido na sessão de terça-feira, dia 8 de junho, o que deturpou o real sentido do que foi, efetivamente, manifestado. Em virtude disso, segue nota oficial e também a íntegra do discurso do deputado, para que todos os colegas possam julgar pelo que o deputado realmente disse e não apenas pelo texto editado publicado pela Gazeta do Povo. 

Nota Oficial sobre as últimas ocorrências envolvendo a ALEP 

“As últimas ocorrências envolvendo a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná – ALEP – têm deixado a sociedade indignada e exigindo posturas firmes e punições a todas as irregularidades constatadas.

Temos nos posicionado com muita firmeza na defesa dos interesses da nossa população e tivemos, inclusive, a firmeza necessária para pedir desde o primeiro momento (17/03/10) o afastamento imediato de TODOS OS ENVOLVIDOS.

A bancada do PPS até o momento é a única a pedir o afastamento da direção da mesa diretora da ALEP.

A nossa postura clara e firme tem gerado desconforto entre os supostos beneficiados de irregularidades que exigimos serem esclarecidas, corrigidas e punidos os seus culpados.

A nossa convicção política e nossa forma ética de atuar têm sido a nossa marca na sociedade e em momento algum compactuaremos com qualquer irregularidade. 

Nunca defendemos ninguém senão a própria sociedade paranaense que honradamente representamos. 

Em todos os momentos, em nosso desempenho parlamentar e em nossos pronunciamentos, sempre fomos incisivos na defesa incansável da nossa gente. Neste sentido já enfrentamos toda sorte de opositores, desde deputados até o governador do estado, e os frutos já podem ser vistos por todos”.

Deputado Douglas Fabricio

INTEGRA DO DISCURSO DO DEPUTADO

DOUGLAS FABRICIO EM 8 DE JUNHO DE 2010

SENHORES DEPUTADOS, SENHORAS DEPUTADAS….

Começa esta época de pré-campanha, então é natural que comecem a falar mal… Eu não acho tão ruim viu deputado Nelson Justus, o que está acontecendo. Claro que é triste para nós que somos deputados, somos 54 e lá fora a sociedade cobra de todos os 54. Pode ser que tenha um ou outro culpado, não quero aqui condenar nenhum culpado porque não sou juiz. Certo! Mas que a Assembleia avançou muito, avançou muito. Eu estou no primeiro mandato e quero recordar o tempo que eu morava em Campo Mourão e que acompanhava as notícias da Assembleia apenas por jornal. E nem tudo que sai no jornal, seja qual for, tem que ter um filtro também, porque tem lá um interesse. Não tinha TV Sinal, que agora estou falando aqui tem gente assistindo lá na sua casa, lá em Roncador, que é minha terra, tem lá gente assistindo. E assim eu posso dizer de Campo Mourão e qualquer outra cidade porque tem as pessoas que gostam. Porque tem gente que gosta de política e gosta de acompanhar o trabalho. Agora tem gente que não tem entende nada de política e gosta de falar mal de político. É moda falar mal de político. É moda. Que quando se fala mal de político parece que é uma coisa boa. E é errado. Política, eu aprendi e aprendi isso dentro do Sebrae, é a ciência do bem comum. É através da política que nós vamos conseguir fazer as mudanças. Ninguém chegou aqui porque é bonito, ou é feio, é gordo, é careca ou barbudo…. não! Chegou aqui porque foi pedir voto lá na base, conversar com as pessoas nas casas e através do voto vieram pra cá. É assim que funciona e vale pra Câmara de Vereadores, vale para o presidente da República.

Nós estamos avançando porque também está avançando a exigência da comunidade e avançando a informação. Hoje tem mais transparência em todos os níveis. Agora é claro que esse momento que nós vivemos hoje, a Assembleia que está no meio da sala. Mas nós temos que relembrar que não tem problema só na Assembleia. E temos sim que corrigir os nossos problemas e estamos fazendo isso. Eu acompanho isso. Temos votado projetos que ajudam aqui na Transparência. Hoje as pessoas conseguem acompanhar as despesas dos deputados pela internet, coisa que antes não existia. Eu como consultor do Sebrae e me considero uma pessoa preparada e informada, não sabia. Não tinha conhecimento. Agora qualquer pessoa pode estar lá nos Estados Unidos na internet que acessa as informações. Mas é importante e foi falado ali naquela tribuna por outro deputado, que também as demais instituições nós precisamos chamar para um debate. Chamar para um debate deputado Nelson Justus, o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, o governo do Estado, o Tribunal de Contas, entre outras… Que toda e qualquer instituição que vá dinheiro público precisa prestar contas, inclusive a imprensa, se recebe dinheiro público também tem que prestar contas. O dinheiro não é da pessoa, o dinheiro é público, é do povo.

Então nesse sentido, acho que esse debate é importante, as instituições que fazem hoje inclusive um movimento tem nosso apoio e tenho certeza tem o apoio de todos aqui, é importante discutir os problemas que nós enfrentamos, mas também é importante não fechar os olhos para aqueles que fazem errado inclusive a campanha eleitoral. Porque não é correto, não é justo, não é certo, uma pessoa se eleger comprando votos, enganando as pessoas lá na ponta, ou contratando lideranças. Chega no momento, final de campanha, deputado Marcelo Rangel, tem muita gente que vai no interior  com uma mala de dinheiro querendo comprar lideranças. E aí tem pessoas que apóiam essas lideranças. E depois essas pessoas não têm compromisso com a sociedade, tem compromisso sim com o dinheiro que gastou. Então quando vejo esse debate e às vezes um debate até acalorado, alguns criticando, alguns inventando…  e tem essas fofocas de ônibus como disse o deputado Rafael Greca: já falam que tem 70 médicos na Assembleia e foi falado aqui agora, são 22 funcionários da saúde e que atendem não só os deputados, mas qualquer pessoa que venha aqui e precise do atendimento médico vai ser atendido, certo.

Mas gente, deputado Nelson Justus e senhores deputados, nós vivemos um momento que parece que tudo que a Assembleia faz é errado. Tem que também separar o joio do trigo. E aqui tem erros que vejo colocados na imprensa de 20 anos atrás, eu não era nem deputado nessa época, aliás, 20 anos atrás eu estava ainda lá na cidade de Roncador, trabalhando na Coamo, que é a maior cooperativa da America Latina. Lembro que para participar da política fui conversar com meu pai e ele me deu o apoio, dizendo o seguinte: “eu sei como você foi educado, como te eduquei e quero que você faça na política como você faz normalmente na sua vida. Faça sério!” E por isso nós estamos aqui. Quantas vezes eu tive discussão aqui com o deputado Romanelli, quando ele era líder do governo, porque eu não concordava com o jeito que as vezes o governo queria passar um projeto aqui. E eu venho aqui e falo aquilo que eu penso. As vezes até falo coisas que de repente alguém se ofende. Não, não precisa se ofender. Não estou aqui para julgar e nem condenar ninguém. Estou aqui para dizer que aquilo que acho que está errado tem que ser corrigido.

Desde o primeiro momento que surgiram as denúncias, deputado Nelson Justus,  e V. Excia, é bom reforçar, V Excia é presidente agora e muitas denúncias são lá da época que o senhor não era nem deputado, mas paga o preço por estar como presidente, assim como nós pagamos o preço por estarmos como deputados aqui. Que tem gente lá fora, que não é deputado, que não entende nada, muitas vezes de política, e fica criticando o vereador, o deputado e aí nós temos que aceitar. Tudo bem, deixe que critiquem, é um direito da pessoa criticar. Que bom que as pessoas podem falar hoje, porque há mais de 20 anos atrás as pessoas não podiam nem se manifestar. Eu mesmo, quando morava no sítio, deputado Quinteiro, se tivesse uma rodinha de pessoas lá conversando, já vinha alguém avisando: ó não pode ficar aí porque podem vir os militares aí. Hoje não, hoje as pessoas têm internet, têm  twitter, têm televisão, tem um monte informação e tem democracia.

Então temos que parabenizar todos os movimentos sociais que buscam melhorias. Mas não só melhorias aqui na Assembleia Legislativa, aqui também, mas melhorias no gasto público, isso vale para todas as instituições que vivem do dinheiro público. E dinheiro público é um dinheiro sagrado, vem do povo.

 
Falo o que penso, o que eu acho que seja correto.  Já dizia que quando surgiram as denúncias, lá atrás, eu me manifestei e pedi que fossem apuradas as irregularidades, que tivesse investigação da Polícia Federal, do Ministério Público, de sindicância e que se tivesse alguém envolvido que fosse realmente afastado. Eu disse isso sem nenhum problema e tenho visto isso,  tÁ acontecendo as investigações e temos que aguardar as investigações. Essa é a minha posição no sentido, vamos aguardar, a justiça existe pra isso e que corrija ou ajude a corrigir aquilo que possa estar errado.

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