15:30No céu da floresta de Moçambique

A Universidade Federal do Paraná informa:

Equipe da UFPR usa dirigível rádio-controlado para obter imagens de floresta em Moçambique
Projeto é resultado de um acordo entre os governos do Brasil e do país africano

Um dirigível que viaja pelos céus de Moçambique auxilia moradores de uma localidade de Moçambique a aumentar o aproveitamento e a produtividade do solo. A iniciativa pertence ao projeto “Reabilitação” do Cefloma (Centro Florestal de Machipanda), que tem entre os integrantes um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O projeto é resultado de um acordo entre os governos do Brasil e de Moçambique no âmbito do convênio existente entre a UFPR e a UEM, e conta com recursos financeiros da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Entre os últimos meses de abril e maio, os professores do Departamento de Ciências Florestais da UFPR, Dartagnan Baggio Emerenciano, Nelson Carlos Rosot, Nilton José Sousa e o engenheiro florestal do programa de pós-graduação da instituição, Márcio Polanski, passaram 23 dias na cidade de Mutare, em Moçambique.

A equipe utilizou um dirigível movido a gás hélio e carregado de uma câmera fotográfica acoplada para captar imagens de áreas de difícil acesso. O conjunto era comandado por rádio-controlado e serviu de apoio aos trabalhos de atualização temática e identificação com precisão das áreas de diferentes usos do solo da floresta de Inhamacari, que tem uma área de 1,5 mil hectares e fica próxima da fronteira com o Zimbábue. O vínculo da UFPR com a comunidade moçambicana já existe desde 1980.

Um dos presentes na pesquisa foi o professor e coordenador do curso de Engenharia Florestal da UFPR, Dartagnan Baggio Emerenciano. Ele revela que a primeira etapa de checagem e observação foi concluída. A próxima ida à região será em agosto e o projeto deve durar 18 meses.

“O programa permite que a população local plante feijão, milho e mandioca, de maneira consorciada com outras espécies florestais em regime de rendimento sustentável”, diz o professor. Outro benefício é que os moradores, ao cuidar da própria horta, reduzem os custos de implantação e manutenção dos plantios florestais. “A população local será muito beneficiada, ao receber treinamento em manejo e técnicas agroflorestais”, analisa.

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