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Do jornal Gazeta do Povo

Taxista admite ter sido funcionário fantasma da Assembleia
Ao Ministério Púbico, Gbur afirmou que era funcionário fantasma e que fica com R$ 800 dos R$ 17,5 mil que recebia por mês da Assembleia

O taxista Eduardo José Gbur admitiu em depoimento ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) que recebeu pagamentos da Assembleia Legislativa do Paraná, entre 2001 e abril de 2010, sem trabalhar. Ele também disse que trabalhou na campanha do deputado estadual Alexandre Curi em 2006.

O deputado declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que Gbur trabalhou em sua campanha em agosto e setembro de 2006. O taxista recebeu R$ 700 por mês. Além disso, o taxista recebia salário de R$ 17,5 mil da Assembleia nesse período, de acordo com a folha de pagamento da Casa de Leis.

Ao Ministério Púbico, Gbur afirmou que era funcionário fantasma e que ficava com R$ 800 dos R$ 17,5 mil que recebia de salário da Assembleia. O dinheiro era entregue pelo seu tio Daor de Oliveira que foi quem pediu para que ele abrisse a conta no banco para que os vencimentos fossem depositados.

Oliveira era funcionário comissionado da Casa de Leis e foi denunciado pelo MP-PR por pagar para terceiros cederem os nomes para nomeações irregulares. Ele está foragido da Justiça.

A assessoria de imprensa do deputado estadual Alexandre Curi afirmou que ele não conhece o taxista Eduardo José Gbur e que o parlamentar não era o responsável direto pela contratação de pessoal durante a campanha. A assessoria disse ainda que o taxista cometeu falsidade ideológica ao se apresentar para trabalhar na campanha, ao mesmo tempo que era funcionário da Assembleia.

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