O deputado federal Ricardo Barros (PP) foi à Assembleia Legislativa e, ao lado de Valdir Rossoni, presidente do PSDB do Paraná, deitou falação para baixar um pouco a pressão em cima da coligação anunciada ontem. Disse, por exemplo, que a crítica feita sobre a coligação proporcional é justa, pois tira vagas. “Para avançar num projeto maior faz-se outros sacrifícios”, admitiu. Não aceita o fato de ser detonado por ter sido líder de Lula na Câmara Federal. “Faltou um pouco mais de tempo de memória. Faltou voltar atrás um pouco. Fui líder do FHC no Congresso. Já fechamos com Serra no Rio Grande do Sul, Tocantins e Mato Grosso. Não há incoerência. Se não apoiássemos Serra, seria a primeira vez que não o apoiaríamos no Paraná”, explicou. Ricardo Barros, que será candidato ao Senado, diz que apresentou ao PSDB uma lista com 13 candidatos a Federal e 25 Estadual e admite diminuir o número se for feito um chapão. Entre os nomes que disputarão uma vaga no Congresso está o de sua mulher, a deputada estadual Cida Borgheti. Já o deputado Valdir Rossoni explicou assim a decisão do partido: “Em política existem estratégias e orientações superiores. Na decisão pela coligação com o PP foram as duas coisas. Foi resultado da reunião que tivemos em São Paulo. Jamais tomaríamos atitude para prejudicar, mas sim para colaborar com os entendimentos. O importante é saber governar e a mudança vai acontecer. Apoio ninguém rejeita”, justificou, depois de lembrar que Lula falou em mudança, mas governou com José Sarney, Fernando Collor de Melo, Romero Jucá, etc. Isso é política!