21:22No Jornal Nacional, mais uma lambada

O Paraná ganhou destaque novamente no Jornal Nacional. Agora por conta de mais uma patuscada da Assembleia, com a tal da PEC para melar a cessão de policiais ao Ministério Público. A lambada começou ontem à tarde com a nota oficial do MP que chamou de desprezível tal tipo de retaliação, além de garantir que a tentativa passa por cima da Constituição. O fato é que ninguém assumiu a iniciativa e sobrou para quem, além de manchar a imagem Legislativo paranaense? Para Nelson Justus, o presidente. Resumo: nunca antes na história da Casa do Povo alguém foi tão “espancado” em praça pública. Leia a íntegra da notícia:

MP critica projeto apresentado na Assembleia Legislativa do PR
Se for aprovada, a nova emenda atinge o grupo de policiais e promotores que investiga irregularidades na própria Assembleia.

O Ministério Público do Paraná fez duras críticas ao projeto apresentado por um grupo de deputados que dificulta investigações sobre a Assembleia Legislativa. Denúncias de irregularidades mostradas no Jornal Nacional provocaram a prisão de 18 pessoas.

Pela proposta, policiais não podem mais ser emprestados a outros órgãos, entre eles exatamente o Ministério Público. Na cópia divulgada pela Assembleia, não aparecem os nomes dos autores da proposta nem as assinaturas dos 20 parlamentares que deram apoio até agora. Segundo a Assembleia, o sigilo é para proteger os deputados de represálias. No plenário, ninguém admite que assinou a proposta.

Se for aprovada, a nova emenda atinge o grupo de policiais e promotores que investiga irregularidades na própria Assembleia. O grupo de combate ao crime organizado entrou no prédio da Assembleia no último sábado para cumprir mandados de busca e apreensão com autorização judicial. O presidente da Assembleia criticou a ação.

“Tal medida foi conseguida às pressas pelo Ministério Público e contou com o despreparo de um juiz substituto que, ao invés de avaliar a questão com a cautela que o caso exige, optou pelo caminho da força desmedida”, criticou o presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM).

As investigações começaram há dois meses. Dezoito pessoas foram presas, incluindo três ex-diretores da Assembleia. Eles são acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público por meio de depósitos em contas de funcionários fantasmas e nomeações por atos secretos em diários oficiais sem número.

A Assembleia do Paraná nega ter apresentado o projeto para enfraquecer o grupo que está fazendo as investigações. A explicação oficial é de que seria preciso concentrar o trabalho dos policiais no patrulhamento das ruas. O procurador que comanda as investigações na Assembleia diz que a emenda só vai aumentar a impunidade.

“Se desmontarmos o que de mais eficiente nós temos, sem dúvida nenhuma a situação piorará”, acredita o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti.

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