Do analista político do Xaxim:

Essa conversa vai-não-vai entre o PT e o PDT já está enchendo o saco. Mas se casamento houver – está mania do nosso governador inverter a colocação do verbo é ótima! -, a cerimônia deve ser aquela desenhada pelo senador Osmar Dias, com Gleisi Hoffmann na vice. Em nome do “projeto nacional”, que é eleger a Dilma Rousseff, vai oPT para o sacrifício. Mas não será um sacrifício qualquer. Será algo como aquela cena de jogar a virgem no vulcão. Vejamos: Gleisi eleita vice-governadora passará os próximos anos à sombra de Osmar – nada muito diferente do que a relação Requião/Pessuti, diga-se! Repetida a história, seriam sete anos perdendo terreno. De outra parte, concorrendo ao Senado, a moça tem enormes chances de ganhar e, assim, se transformar na maior liderança do PT no Paraná (lembremos do Lula: nunca antes na história deste Estado) e concorreria nas próximas eleições majoritárias em condições muito boas de levar o caneco. E se ela não virar senadora? Virará, confirmadas as previsões dos levantamentos de intenção de voto. Hoje, a mulher do ministro Paulo Bernardo é o primeiro voto de uma imensa parcela de nativos – e o segundo voto de outra imensidão. Como são duas vagas, ela pode surfar nesta onda até com certa facilidade. Se o PT local está pensando nisso, faz sentido bater o pé de não sucumbir aos desejos do senador pedetista. Na dele, Osmar Dias está de olho no potencial eleitoral de Gleisi para vencer a eleição. De quebra, sabe que, com ela na vice, não vai alimentar o monstro que poderá devorá-lo logo adiante.