A virada no panorama da campanha eleitoral do Paraná clareia o seguinte, segundo Murilo Hidalgo, diretor da Paraná Pesquisas: haverá sim, uma disputa ferrenha, mas apenas para as duas vagas ao Senado. Não é difícil concordar com a análise. O ex-governador Roberto Requião, agora encostado e apertado no corner, vai partir para a guerra de tacape contra Osmar Dias (PDT) e Beto Richa, candidato tucano ao governo do Paraná, no caso praticamente fechado da manutenção da aliança entre os dois partidos. É muito provável que ele se abrace ao PT (anunciou voto em Dilma Rousseff e diz que Gleisi Hoffmann pode levar seu outro voto ao Senado) e ao candidato do PMDB, que já levou a dose de pancadas e manteve-se tranquilo, esperando a ira do antecessor passar. Do outro lado há a possibilidade de Gustavo Fruet ser incensado e entrar na disputa na chapa que seria, como dizem alguns tucanos, o atual time do Santos: Beto, Osmar e Guga. Aí, a ideia seria encerrar a carreira de Requião e cortar as asas de Gleisi Hoffmann, ajudando, de quebra, José Serra a explodir em votos no Paraná e, quem sabe, levar Osmar Dias ao ministério da Agricultura.