6:45Casos parecidos, manifestações diferentes

Não é por nada, não, mas ao ver ontem uma página de anúncio da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná, na Gazetona, e mais uma manchetona em cima da mais nova apresentação do Ministério Público nas investigações sobre as denúncias de irregularidades na Assembleia Legislativa, uma pergunta vem à tona e não denigre o trabalho feito neste caso em tela, como dizem os advogados: por que tal empenho em apresentar resultados e posicionamentos não aconteceu em casos recentes e igualmente nebulosos? Para ficar na seara da Assembleia, em julho de 2008 explodiu o caso dos “Gafanhotos”, uma investigação da Polícia Federal sobre procedimentos muito parecidos com o atual, e que envolveu 23 políticos, entre eles 16 deputados estaduais, um ex-deputado, Luciano Ducci, atual prefeito de Curitiba, Orlando Pessuti, atual governador e Hermas Brandão, atual conselheiro do Tribunal de Contas, entre outros. Não se tem conhecimento de uma manifestação da OAB do Paraná. O Ministério Público do Paraná até hoje não se manifestou sobre as denúncias que investiga no caso da compra dos 22 mil televisores cor de laranja por parte do Governo do Paraná. Houve denúncias de superfaturamento e a estranha coincidência de a empresa ganhadora da licitação ter sido a que mais doou dinheiro para a campanha de reeleição ao governo de Roberto Requião. O que acontece, então? Agora é diferente? Em alguns casos há silêncio e sigilo. Em outros, como o de agora, escracho diante das câmeras de tv e através da imprensa, sem que a Justiça tenha se manifestado a respeito.

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