21:22Caixa 2, terceiro adiamento

Do site da RPC, em reportagem de Gladson Angeli e Heliberton Cesca:

Julgamento de processo do suposto caixa 2 de Beto Richa é adiado
Quando foi interrompido o julgamento, dois desembargadores já haviam votado, um favorável e outro contrário a continuidade do processo

Um pedido de vista adiou, nesta quarta-feira (28), pela terceira vez, o julgamento pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sobre a continuidade do processo que pede a cassação do mandato do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), e cassa os direitos políticos do ex-prefeito Beto Richa (PSDB) por suposto caixa 2 na campanha eleitoral de 2008. Quando foi interrompido o julgamento, dois desembargadores já haviam votado, um favorável e outro contrário à continuidade do processo.
O pedido de vista foi feito pelo desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen. O desembargador Iraja Romeo Hilgenberg Prestes Mattar votou pelo seguimento da ação. Já o juiz Renato Cardoso de Almeida Andrade apresentou voto contrário. O julgamento deve ser retomado na sessão desta quinta-feira (29) do TRE-PR.Entenda o caso
Em junho do ano passado, a Gazeta do Povo apontou a existência de suposto caixa 2 na campanha de Beto Richa (PSDB) e seu vice, Luciano Ducci (PSB), à prefeitura de Curitiba. A reportagem teve acessos aos vídeos gravados por Alexandre Gardolinski, coordenador do Comitê Lealdade, formado por dissidentes do PRTB que apoiavam a candidatura de Richa. Nos vídeos, Garlolinski distribuia dinheiro aos ex-candidatos a vereador pelo partido.
Eles se desfiliaram do PRTB e desistiram de concorrer à Câmara Municipal de Curitiba depois que o partido decidiu apoiar a canditaura do deputado Fábio Camargo (PTB) à prefeitura de Curitiba. O dinheiro era distribuído por Gardolinski dentro do Comitê Lealdade, formado pelos dissidentes do PRTB.
Segundo a denúncia apresentada pelo empresário Rodrigo Oriente, cada dissidente teria recebido R$ 1,6 mil para não concorrer e manter o apoio ao candidato a prefeito do PSDB. Os tucanos teriam pago até o aluguel da sala usada pelo Comitê Lealdade. Os gastos realizados pelo comitê não teriam sido contabilizados pela campanha oficial de Richa. Isso, em tese, configuraria o caixa 2.

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