O encontro entre o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT), revelado pelo jornalista Fabio Campana (www.fabiocampana.com.br) ontem foi articulado por um dos irmãos de Requião. O vazamento da informação tem endereço certo: Orlando Pessuti. Há quem aposte que, em breve, o ex-governador se encontre com Beto Richa (PSDB) e use a mesma estratégia. Quem conhece Requião sabe que, quando ele xinga alguém, meia hora depois ele já esqueceu. Mas quando ele fica quieto e diz apenas “ele não perde por esperar”, sai da frente. Pois é assim que ele está agindo a partir do escritório que montou perto da Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, em relação ao atual governador. Os motivos são sabidos: as mudanças na equipe de governo, principalmente as saídas de Delazari da pasta da Segurança, Tizzot dos Transportes e Ghillardi da Copel. Há mais, entretanto: a escolha de Humberto Crispim, presidente do diretório do PMDB de Maringá, para um cargo de diretoria da Copel fez uma luz vermelha acender e uma suspeita aumentar: Pessuti estaria jogando bruto para arrebanhar votos do Interior a fim de se cacifar para convenção de junho, quando pretende ser escolhido candidato do partido para a eleição ao governo do Estado. O encontro com Osmar Dias, até ontem um desafeto, é sinal de que vai haver briga das boas dentro do próprio PMDB.