18:08PT e PDT retomam conversas sobre aliança no PR, diz Ênio Verri

 Do Diário do Sudoeste, de Pato Branco, em reportagem de Pedro Rodrigues Neto:

Se a novela interna do PSDB, protagonizada pelo senador Alvaro Dias e pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa, foi de cansar a beleza dos mais pacienciosos, o drama vivido nas relações entre PT e PDT no Paraná estão sendo um verdadeiro teste de paciência e habilidade político para lideranças de ambos os lados.

Após anunciarem o rompimento das relações no Paraná, PDT e PT seguem dialogando de forma intensa em Brasília. Quem garante é o presidente do Partido dos Trabalhadores no Paraná, deputado Ênio Verri. “Na terça que antecedeu o feriado, estavam presentes Alexandre Padilha (Ministro das Relações Institucionais), Márcia Lopes (Ministra do Desenvolvimento), Paulo Bernardo (Ministro do Planejamento), o presidente nacional do PT José Eduardo Dutra, eu e o deputado André Vargas. Nesta reunião discutimos bastante a conjuntura política no Paraná para que possamos avançar. A direção nacional pediu que voltássemos para ampliar o diálogo e também ficou de conversar com o Ministro Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) e com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, para que se decida o futuro das alianças no estado”, disse Verri.

O presidente do PDT/PR, deputado Augustinho Zucchi, disse não ter essa informação e foi categórico. “Não sei de nada sobre isso. Para mim o PT decretou o fim das conversas quando o presidente nacional emitiu nota afirmando o lançamento de candidatura própria”, concluiu.

Impasse

Em entrevista ao Diário, Ênio Verri afirmou que PDT e PT estiveram muito próximos de um acordo após o carnaval, mas que no frigir dos ovos, nada foi consumado como acertado em reunião. “Na quarta-feira de cinzas estiveram reunidos a Ministra Dilma, o presidente Lula, o ministro Paulo Bernardo, o ministro Alexandre Padilha, o presidente do PT José Dutra e o senador Osmar Dias. Neste encontro ficou selado o acordo, com a Gleisi saindo ao senado, e com a possível indicação de um nome do PPS para a vice de Osmar Dias. Ficou acertado inclusive o evento de lançamento a aliança com a presença da ministra Dilma e tudo mais, no entanto, a segunda-feira seguinte, o Osmar ligou e disse que havia mudado de idéia e que queria a Gleisi na vice”, resumiu Verri.

Por conta disso, Verri garante que as relações ficaram sim estremecidas, mas assegurou, nas entrelinhas, que ainda resta um fio de esperança para um acordo. “Tenho todo o respeito pelo senador Osmar Dias e espero ter ele ao nosso lado. Mas se for do contrário, continuo respeitando e achando que ele será um bom governador”, explicou Verri

PMDB

Sobre o PMDB e uma possível coligação, o que descartaria de vez o PDT, Verri disse o seguinte. “Entendemos que tudo o que tinha que ser conversado já foi. Sobre o PMDB, ideologicamente falando a coligação teria de ser discutida com eles em primeiro lugar, entretanto havia uma tendência muito forte do PMDB em procurar o Beto Richa até esses dias. Isso nos afastou, sem contar que o Requião sempre coloca uma possibilidade de aliança com o PMDB para que a Gleisi vá de vice. Aliança é a somatória de interesses por isso não avançamos”, concluiu.

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