A reação amalucada de Roberto Requião contra o atual governador, Orlando Pessuti, é algo nem os mais próximos do ex entendem. Durante 7 anos Requião tratou o vice de forma mal educada, para usar uma expressão bem educada. Se alguém for conferir nos arquivos dos jornais, vai encontrar o que Requião fez ao ser reeleito e saber, de volta de uma viagem de férias, que Pessuti tinha dado entrevista colocando seu nome como pré-candidato à sucessão, uma aspiração lógica e democrática. Agora fica-se sabendo que a maldade de Requião chegou ao cúmulo de sempre mandar para a revisão o jatinho do governo toda vez que viajava para o exterior – só para que o vice não o utilizasse. Orlando Pessuti pode ter seus defeitos, mas, antes de tudo, é um homem educado e boa praça. Nessa mudança de governo, não colocou em postos chaves de governo nenhum inimigo daquele que sucedeu – e é fidelíssimo ao seu partido, o PMDB. Por isso, e pelo espírito democrático, em poucos dias de governo operou uma transformação que pode enterrar, em nove meses de atuação, o que o outro aprontou durante sete longos anos.