A notícia abaixo, publicada no jornal de Pato Branco, região de Alceni Guerra (DEM) e Augustinho Zucchi (PDT) pode aumentar o clima de tensão que existe nas negociações entre o PDT e o PT. O senador Osmar Dias (PDT) nunca escondeu de ninguém que Zucchi é seu homem na articulação com os partidos a fim de equacionar sua (dele, Osmar) candidatura ao governo do Paraná. Até a grama da calçada da prefeitura de Curitiba sabe que o deputado estadual, presidente do PDT do Paraná, foi autorizado a conversar com o PSDB de Beto Richa, porque isso faz parte do jogo político – e até decisão em contrário, o PDT não rompeu com os tucanos, do qual foi aliado nas últimas eleições. O problema é que, se a proposta foi feita, como diz Alceni Guerra (e ela seria lógica no jogo das negociações) e Zucchi nega, seria bom saber quando. Uma notícia como esta, em meio ao esgarçamento das conversas dos pedetistas com os petistas, pode fazer estes últimos, e principalmente o ministro Paulo Bernardo, que não olha Zucchi com o mesmo olhar dirigido a Osmar Dias, para dizer o mínimo, e exatamente por conta da proximidade do deputado com Beto Richa, vai pensar o que? Há muita gente no PT – e gente graúda, que já descartou a possibilidade de um acerto com o PDT. Isso porque, na avaliação petista, a proposta de se colocar Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, como candidata a vice na chapa de Osmar Dias, é creditada a Zucchi. E o PT do Paraná não abre mão de tê-la como candidata ao Senado. Portanto, o berro da manchete do jornal de Pato Branco pode causar um estrago que não aconteceria se fosse levado em consideração o texto principal, bem mais ameno. Mas aí são outros quinhentos e nunca é demais lembrar que tudo isso é política e campanha.