19:12Benedito Pires faz balanço da Comunicação Social no Governo Requião

Da Agência Estadual de Notícias:

Comunicação Social estancou gastos com propaganda e investiu no jornalismo público

A Secretaria da Comunicação Social deixou de ser um órgão de relacionamento do Estado com a mídia privada e passou a investir no jornalismo público durante o governo de Roberto Requião (2003/2010). “Principalmente nos últimos quatro anos, não gastamos em propaganda para para informar e divulgar ações de governo. Em vez disso, lançamos mão do jornalismo público. Me sinto grato por ter participado desse processo”, disse nesta quarta-feira (14) o jornalista Benedito Pires. Secretário especial de Imprensa desde o início de 2003, ele comandou a Comunicação Social do início de 2009 a abril de 2010.

“Me sinto grato por ter participado desse processo”, disse o jornalista Benedito Pires, que comandou a pasta do início de 2009 a abril de 2010

      A Secretaria da Comunicação Social deixou de ser um órgão de relacionamento do Estado com a mídia privada e passou a investir no jornalismo público durante o governo de Roberto Requião (2003/2010). “Principalmente nos últimos quatro anos, não gastamos em propaganda para informar e divulgar ações de governo. Em vez disso, lançamos mão do jornalismo público. Me sinto grato por ter participado desse processo”, disse nesta quarta-feira (14) o jornalista Benedito Pires. Secretário especial de Imprensa desde o início de 2003, ele comandou a Comunicação Social do início de 2009 a abril de 2010.

      “Nesses sete anos e três meses do governo Requião, e principalmente a partir de 2007, a Secretaria da Comunicação Social deixou de ser um órgão de relação comercial com a mídia privada. Em boa parte, o desprestigiamento da Secretaria se deve a isso. Antes, ela era parada obrigatória para empresários da mídia, donos de agências de publicidade, políticos, já que dispunha de verbas generosas para negócios. No governo Requião, ela deixou de ter esse papel”, explicou Benedito.

      “No início do terceiro mandato de Requião, em 2007, o jornalismo público virou a única forma de comunicação dos atos e ações do governo. Com isso, buscamos divulgar o trabalho do governo sem adjetivos, sem louvação. Sempre tomamos o cuidado de evitar a trapaça, a fraude na informação. E, evidentemente, nos preocupamos em defender as posições e ideias de nosso governo”, argumentou.

      “No Brasil, o jornalismo público sempre foi de qualidade e credibilidade sofrível, em parte devido à opinião pública criada pela mídia privada, que sempre desprezou o jornalismo público. Ao contrário do Brasil, na Europa o rádio e a televisão privados são recentes. O rádio e o telejornalismo sempre foram tradicionalmente praticados por emissoras públicas. Mesmo nos EUA, a mídia pública é muito forte. No Brasil, entretanto, ela tradicionalmente sempre foi marginalizada e sem alcance, só ganhando força nos governos do presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) e de Requião, no Paraná”, falou Benedito.

      “Ainda assim, é de se lamentar a incompreensão de muitos jornalistas e veículos da mídia privada sobre nosso papel. Me lembro de um fato em particular. A rádio CBN de Curitiba se baseou no discurso de um deputado da oposição para uma notícia incorreta, uma barriga, no jargão jornalístico. Telefonei para a emissora pedindo uma retificação, e em dado momento o jornalista com quem conversei disse que não discutiria jornalismo comigo, por eu trabalhar no governo”, explicou.

      “Ora, sabemos qual é o parti pris da CBN e de boa parte dos veículos privados, mas ainda assim eles se sentem no direito de subestimar o jornalismo público, de desprezar o trabalho das assessorias de imprensa do governo. As assessorias de imprensa, em que pesem os tempos de demonização, de fundamentalismo contra elas, têm seu papel, devem existir, são importantes como fontes de informação”, disse o jornalista.

      RECORDE DE ACESSOS — Para Benedito, a transparência a que se propôs o Governo do Paraná sob Requião também orientou as mudanças na condução da Secretaria. “O papel da Comunicação Social, da Agência Estadual de Notícias, passou a tornar públicos os atos do governo. Ao mesmo tempo, abrimos espaço para setores da sociedade que têm pouca ou nenhuma voz na mídia comercial — caso dos movimentos sociais, dos sindicatos de trabalhadores”, disse.

      “Além disso, divulgamos e debatemos as Conferências Estadual e Nacional de Comunicação Social, que de cara foram demonizadas e boicotadas pela mídia privada. Para isso, contamos com uma equipe de jornalistas de primeira linha, que nada fica a dever a qualquer redação do Paraná”, afirmou Benedito.

      Consequência disso é o salto vertiginoso de acessos da Agência Estadual de Notícias (www.aen.pr.gov.br). O portal tem em média mais de 46 mil visitantes únicos por dia — chegando a 49 mil acessos únicos diários em novembro de 2009. A AEN teve um aumento de 24% nos visitantes únicos diários entre 2008 e 2009. Em 2003, o site tinha média 20 mil visitantes únicos por dia.

      “Hoje, a Agência tem uma leitura diária que supera a circulação de todos os jornais do Paraná. Tem, inclusive, a maior audiência entre todos os sites públicos de notícias do Brasil. É raro o dia em que não somos citados por um veículo da mídia privada, pois somos uma boa fonte de informação”, elencou o jornalista.

      “Além disso, implantamos a Rede Paranaense de Notícias, a RPN, que distribui informações do Governo para mais de 100 emissoras de rádio em todo o Paraná. O setor de vídeo da Secretaria produz matérias que colocamos à disposição das emissoras. Trata-se de notícia pura. Não são boletins prontos, fechados, mas informações que são editadas pelas emissoras, sem que tenhamos qualquer interferência nesse processo”, lembrou.

      Em março de 2009, a Secretaria da Comunicação Social colocou no ar o novo portal do Governo do Paraná (www.cidadao.pr.gov.br). Trata-se de um site inovador, que rompe com o conceito tradicional de site público e apresenta ao internauta um catálogo de serviços dirigido ao cidadão. Também em março, a Agência Estadual de Notícias foi modernizada, ganhando cara nova e um sistema de alimentação mais moderno e funcional. Ambos foram desenvolvidos em software livre pela Celepar.

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