Do analista dos Planaltos:

Uma explicação lógica para a paralisia das massas e a timidez dos movimentos populares nas parcas manifestações de caça aos fantasmas da Assembleia Legislativa do Paraná, tendo como pano de fundo a campanha eleitoral, é a não identificação do inimigo. A demora em formalizar alianças está atrasando e anestianado ainda mais a indignação do povo. Os partidos de esquerda e movimentos sociais parecem não mobilizar suas bases por não saberem ao certo até onde esse lamaçal vai respingar sujeira. Sem saber que alvo será atingido com esse escândalo todo, e sem definição de quem estará do outro lado nas eleições que se aproximam, as munições repousam no paiol, na santa paz dos “justos”. Com  isso, tem gente se dando bem e, assim, como uma espécie de  “inimigo oculto”, está rindo à sai faceiro em campanha pelo Estado. Se os caras-pintadas e os não-pintadas passassem a freqüentar mais assiduamente a Casa de Leis para exigir apuração dos fatos, seria diferente – e isso poderia causar paúra. Mais até que os fantasmas de carteirinha que resolveram assombrar por lá nas últimas semanas, a fim de garantirem seu quinhão no novo “recadastramento” funcional.