O senador Osmar Dias (PDT) não atende ao telefone desde hoje cedinho. Antes das 8h00 estava em reunião. Zé Luis, o assessor mais próximo dele, atendeu ao chamado e disse que o candidato não poderia atender. O pedetista se reuniu com o presidente Lula hoje no final da tarde. A notícia foi publicada pelo jornalista Fabio Campana e confirmada por dois poderosos do Planalto. O resultado da conversa, que foi sobre o acordo entre o partido do presidente, o PT, e o senador, para que a candidatura ao governo do Paraná fique anabolizada e, ao mesmo tempo, abra um palanque enorme para Dilma Rousseff, que hoje deixou o governo para ser a candidata à sucessão, ainda não se sabe, mas não é difícil imaginar. Lula quer e Osmar Dias também, porque este sabe que, assim, e mais o apoio que pretende ter da base de partidos que apoiam o governo do presidente, entra para disputar o governo com chances levar o que deveria ser seu há três anos e cinco meses. Em todas as conversas até ontem o senador sempre disse que a renúncia de Beto Richa, candidato do PSDB e seu principal adversário, seria o momento definitivo para se clarear o panorma da disputa que vem por aí. O tucano está na briga. A aliança que ficou pairando como cena de filme surreal durante todo esse tempo acabou. Osmar Dias ou abraça o PT ou abraça o PT para ter chances de disputar no mano essa parada. Há uma semana ele dizia que ainda haveria tempo para o quadro se firmar. Foi logo depois daquel vôo entre Curitiba e Londrina no avião presidencial, onde Lula queria bater o martelo da aliança em pleno ar e, quem sabe, anunciar o casamento no evento naquela cidade que é um dos principais redutos eleitorais do senador. “Demos dois grandes passos na conversa”, revelou Osmar Dias. Hoje, provavelmente, saíram em disparada, de mãos dadas. Agora só falta anunciar. Isso é política!