9:16PARA NUNCA ESQUECER

Armando Nogueira

Era a seiva dos seringais nativos de Xapuri. A força da floresta. E dos homens que ali se embrenharam e ficaram, esquecidos do resto deste Brasil. Armando Nogueira saiu de lá para mostrar esta força, transformada em palavras de um eterno romântico. “O bom do passado é que ele pode ser editado” é a frase que levarei para sempre do mestre. Do Acre ele desembarcou direto no estádio Mario Filho, o Maracanã, e acompanhou, como jornalista esportivo, assim como o que deu nome ao templo, a era de ouro do país da bola. Esteve ao lado de Nelson Rodrigues no nascimento do Rei Pelé. E registrou, no texto romântico, sim, mas sempre poético como o mais belo dos dribles de Garrincha, no espaço de um lenço, ou guardanapo, nem lembro mais, e no toque de bola de Zico, tudo que o que seu coração merecia. Escreveria o que sobre este Santos de Neymar, Robinho, Ganso e companhia? Nós teremos de escrever por ele, para manter a chama que fez brilhar e o levou para o comando do jornalismo da Rede Globo por vários anos. Mais uma lição. A de que aprendeu tudo com a bola, principalmente o jogo de cintura dos seus ídolos. Adeus e obrigado, Armando Nogueira.

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