O PT decidiu mesmo saltar fora do governo do Estado. A votação foi quase unânime, hoje, na reunião da Executiva que aconteceu em Curitiba. O problema foi tentar achar uma fórmula para segurar a decisão até amanhã, depois da Escola de Governo. É que Lygia Pupato, secretária da Ciência e Tecnologia, vai participar da assinatura de convênios com universidades do litoral – e os petistas acharam melhor evitar constrangimentos maiores, se é que isso é possível em se tratando do governador Roberto Requião, que, a essa altura, já deve estar sabendo o resultado final de sua decisão de entrar em conflito com o ministro Paulo Bernardo e acusá-lo de tentativa de superfaturamento de uma obra – no caso o trecho da ferrovia entre Guarapuava e Ipiranga. Florisvaldo Souza, ex-secretário-geral do PT, chegou a divulgar a decisão no twitter. Depois, apagou a mensagem. O deputado estadual Enio Verri, ex-secretário do governo do Estado e atual presidente do PT do Paraná, tentou camuflar a decisão nas entrevistas que deu na Assembleia hoje à tarde. Ninguém entendeu o que ele falou. No final da tarde o PT de Curitiba divulgou uma nota oficial informando que apoia a greve da Guarda Municipal de Curitiba, que está parada, contrariando decisão da Justiça, desde o dia 22. Foi uma tentativa pífia de desviar a atenção. Porque já está decidido. O PT está fora do governo do Paraná.