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Publicado hoje na Folha de São Paulo, em reportagem de José Maschio e Dimitri do Valle:

Requião acusa ministro de superfaturar obra no PR. Paulo Bernardo nega ter sugerido preço maior

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), acusou o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) de tentar superfaturar em cerca R$ 400 milhões um projeto de um ramal ferroviário no Estado.
Segundo Requião, que fez as declarações anteontem em reunião com seu secretariado transmitida pela TV, a obra sairia por R$ 150 milhões, mas Bernardo disse a ele que o custo seria de R$ 550 milhões.
“O que você está me propondo é o seguinte, Paulo Bernardo: eles (ALL, empresa que detém concessões de ramais no Estado) recebem R$ 550 milhões e o governo federal abre mão das prestações. Então, ministro, anote aí: eu não concordo. Se isso for feito, eu denuncio imediatamente”, disse Requião, que ontem reiterou as denúncias contra o ministro.
A ALL informou que não comentaria as declarações. Bernardo disse que em 2006 conversou com Requião sobre o projeto, mas negou o valor.
“Fui ao governador, a pedido do presidente Lula, para tentar chegar a u m acordo sobre a construção do ramal por meio de uma parceria público-privada”, disse. O ministro afirmou que fez essa reunião porque o governo do Paraná, por meio da estatal Ferroeste, também tinha interesse na construção e uso do ramal, de 110 km, que até hoje não saiu do papel.
A denúncia tem ainda como pano de fundo as eleições de outubro. Requião tenta esvaziar a candidatura da mulher de Bernardo, Gleisi Hoffmann (PT), a vaga no Senado, posto que também almeja.

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