A chapa esquentou na Assembleia por causa da troca de afagos entre Roberto Requião e Paulo Bernardo de manhã. Enio Verri , que até poucos dias atrás era secretário do governo do Paraná, saiu em defesa do ministro e leu no plenário a nota de Paulo Bernardo. Quando terminou, Luis Claudio Romanelli, líder do PMDB, pediu o horário da liderança para dar a “outra” versão. Antes de falar, os dois se “pegaram” num bate-boca no plenário. Coisa de dedo em riste e cabelos em pé. De Verri, claro, presidente do PT do Paraná. Segue a nota distribuída pela Liderança do PT na Assembleia:
Verri defende ministro de acusações infundadas
O deputado estadual Enio Verri (PT) subiu à tribuna nesta terça-feira,23, para repudiar as declarações do governador Requião, que na escola de governo, acusou o ministro Paulo Bernardo, de suposta tentativa de superfaturamento em uma obra ferroviária.
“Hoje pela manhã o governador Requião atacou uma das maiores lideranças do PT, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Não se faz política destruindo os outros. Esse tipo de posição não contribui em nada para o Paraná”.
“Hoje pela manhã o governador Requião atacou uma das maiores lideranças do PT, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Não se faz política destruindo os outros. Esse tipo de posição não contribui em nada para o Paraná”.
“É notável os benefícios que o ministro traz para o Paraná, o trabalho que exerce em Brasília, a contribuição que traz para o nosso Estado através da liberação de recursos. Fui chefe de gabinete dele e sei a pessoa séria que Paulo Bernardo é . Mas me parece que não é essa a opinião do governador Requião que faz acusações infundadas”.
Em nota de esclarecimento, que foi lida pelo parlamentar durante a sessão plenária, Bernardo afirma que o governador Roberto Requião faltou com a verdade em seu programa de televisão ao fazer insinuações a respeito do projeto do Governo Federal para a construção de um ramal ferroviário com o objetivo de eliminar o gargalo da ferrovia do porto para o oeste.
“Por determinação do Presidente Lula, visitei o governador Roberto Requião, ao lado do então assessor da Casa Civil e hoje diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, para apresentar a proposta do Governo Federal e ouvir os argumentos do governo do Estado.
A proposta federal consistia em construir o ramal via Ipiranga através de uma PPP – Parceria Público-Privada, onde a empresa ALL – América Latina Logística arcaria com os custos da construção e posteriormente descontaria esses valores do que paga anualmente pela concessão à União.
Esta proposta enfrentou resistências por conta do traçado proposto pela ALL. O governo do Estado e entidades ligadas à engenharia no Estado do Paraná discutiam outro traçado para o ramal.
Em função desses questionamentos, o Governo Federal acatou as sugestões apresentadas,suspendeu a tramitação do projeto de PPP e passou a discutir com o governo do Paraná a alternativa por ele proposta, qual seja, construção do ramal via Engenheiro Bley, custeado pelo orçamento federal.
Na conversa que tivemos com o governador Requião, propusemos um entendimento para escolher uma das alternativas. O governador argumentava que o custo do projeto doGoverno Federal, de R$ 500 milhões, era muito alto e ligou, na nossa frente, para o então diretor do DER, Rogério Tizzot, indagando o valor do projeto estadual.
“Por determinação do Presidente Lula, visitei o governador Roberto Requião, ao lado do então assessor da Casa Civil e hoje diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, para apresentar a proposta do Governo Federal e ouvir os argumentos do governo do Estado.
A proposta federal consistia em construir o ramal via Ipiranga através de uma PPP – Parceria Público-Privada, onde a empresa ALL – América Latina Logística arcaria com os custos da construção e posteriormente descontaria esses valores do que paga anualmente pela concessão à União.
Esta proposta enfrentou resistências por conta do traçado proposto pela ALL. O governo do Estado e entidades ligadas à engenharia no Estado do Paraná discutiam outro traçado para o ramal.
Em função desses questionamentos, o Governo Federal acatou as sugestões apresentadas,suspendeu a tramitação do projeto de PPP e passou a discutir com o governo do Paraná a alternativa por ele proposta, qual seja, construção do ramal via Engenheiro Bley, custeado pelo orçamento federal.
Na conversa que tivemos com o governador Requião, propusemos um entendimento para escolher uma das alternativas. O governador argumentava que o custo do projeto doGoverno Federal, de R$ 500 milhões, era muito alto e ligou, na nossa frente, para o então diretor do DER, Rogério Tizzot, indagando o valor do projeto estadual.
A resposta: R$ 500 milhões, ou seja, o mesmo valor do projeto do Governo Federal que era então questionado pelo governador.
Essa discussão se estende por mais de quatro anos, sem solução. A estimativa atual de custopara o projeto apresentado pelo governo do Estado já é de R$ 750 milhões.
Portanto, mais uma vez: o governador faltou com a verdade ao afirmar que o valor do projeto seria de R$ 150 milhões. Este número nunca chegou a ser colocado em nenhuma ocasião.
Também faltou com a verdade ao dizer que o Governo Federal iria repassar dinheiro para a ALL construir a obra sem pagar, quando, na verdade, para todos que conhecem um projeto de PPP, trata-se da empresa fazer o investimento necessário, com o posterior ressarcimento pela União do valor investido ao longo de vários anos, descontado do valor da concessão”, concluiu Paulo Bernardo.
Essa discussão se estende por mais de quatro anos, sem solução. A estimativa atual de custopara o projeto apresentado pelo governo do Estado já é de R$ 750 milhões.
Portanto, mais uma vez: o governador faltou com a verdade ao afirmar que o valor do projeto seria de R$ 150 milhões. Este número nunca chegou a ser colocado em nenhuma ocasião.
Também faltou com a verdade ao dizer que o Governo Federal iria repassar dinheiro para a ALL construir a obra sem pagar, quando, na verdade, para todos que conhecem um projeto de PPP, trata-se da empresa fazer o investimento necessário, com o posterior ressarcimento pela União do valor investido ao longo de vários anos, descontado do valor da concessão”, concluiu Paulo Bernardo.
Os deputados Elton Welter e Luciana Rafagnin lamentaram o episódio ocorrido na Escola de governo. Deputados de outros partidos também se solidarizaram com o ministro Paulo Bernardo.